"soneto de tentar viver (mais um. pouco)"

"(...)Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida não passa de uma sombra que caminha, um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco - faz isso por uma hora e, depois, não se escuta mais sua voz. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado."

(Macbeth)

...

Às minhas lentes estão confinadas em círculos

De novo, e outra vez, carrego minha fé com as mãos

Na esperança desfiada, parede deixada e hoje, não.

Não ao mesmo conceito, livre defeito, eu não decido.

Eu não quero empurrar esse chão, esse degrau

Por contagem que não nego, nem insisto, afinal

Não é a hora da minha queda, e nem agora, será

Os meus passos são desertos, e meu sopro, ainda há

Todos os olhos estão fechados, não os quero ver

Todas as espécies em que me devoro para descer

Eu caminho entre os nomes que tanto quis

E não sobram essas trevas, onde voo, onde me fiz

Na contagem de outro dia que desejei esquecer

E agora, serei apenas a palavra que quer viver,

por ora, e.

sim

AzkeTarOss
Enviado por AzkeTarOss em 03/01/2025
Reeditado em 03/01/2025
Código do texto: T8233297
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