AMOR INEXISTENTE
19/05/10
11:05
Dê-me um "doce olá" e sente-se ao meu lado amor inexistente,
Fale-me sobre as manhãs de primavera, sobre as camélias adormecidas,
Conte-me dos dias ausentes que preenchem nossa escuridão,
Conte-me doces mentiras... sussure ao meu ouvido.
Não me deixe afogada em meu silencio devastador,
Não ria de meus medos, nem faça do todo amor que lhe aguarda, pouco.
Sente-se em sorrisos aleatórios e estórias desconcertantes,
Faça uso do silêncio constrangedor, mas esteja ali.
Não justifique as artimanhas do destino, nem acuse o bom ser por nossas fraquezas.
E se nosso momento jamais chegar, desejaremos com toda a força oculta em nossos corações
Não somos incapazes de sermos felizes, nem pequenos demais para entender o que nomeamos felicidade.
Seja presente imperfeito amor,
Guardamos a força do desejo dentro de nós.
Nas horas vagas, a meditação oculta em nossa oração.
Do medo, a esperança mantida no silêncio.
Não espere o momento certo para tocar minha mão,
Nem o toque preciso para roubar meu beijo,
Não espere que eu implore a sua presença para existir em minha vida.
O tempo não tem início, nem fim. Apenas exista!
E deste momento vindouro conversas desnecessárias (necessárias) construirão nosso vínculo oportuno,
Chamaremos de "nossa história" ou "reencontro de almas",
Aprimoraremos nossos gostos, nossas escolhas, nossas diferenças.
Viveremos incompletos e seremos completados.
E ao falar das camélias nós exaltaremos tal beleza, mas acima de tudo o perfume sem igual.
Nós saberemos como enaltecer algo sublime, pois seremos inteiros. Seremos iguais.
Existiremos dos desejos de outrora sem os assombros dos sonhos mal sonhados,
Seremos a melhor parte do que somos agora, pois saberemos em qual tempo nosso amor existe.