SOBRE O AMAR...
Escolha, decisão?
O intuito do verbo amar pode partir de uma escolha, com o tempo tornar-se uma decisão, um acerto eficaz, quando o relógio dos sentimentos se acertam, quando o mesmo tic-tac é harmonizado a cada porção do ser, além dos hormónios da paixão, despertando os sentidos da alma, avivando e vivificando a docilidade da vida.
E os desafios?
Qualquer caminhada possui os seus desafios, só não abraça quem nunca arrisca, um paradoxo entre o trigo e o joio, o amar, às vezes, parece estar com mais delineamento experimental, delicadeza, falamos das mazelas do tempo, o império contrário, das tempestades tentando derrubar o barco, das verbas carregadas para a rescisão.
Fácil quebrar quando nada corrobora, quando o desvalorizar é a síntese que mais toca, quando, em vez de um amor amor, tem-se um amor desamor, desajustado, magoante e infrutífero.
Vale a resiliência? Sim, vale. Vale a resiliência!
Gerir os acordes para o ritmo certo do amar, a perspectiva ao além e não apenas adjacentes, a visão de águia na esperança e a atitude carimbada de cada virtude que congrega o amor, não torná-lo um fardo.
O amor precisa e tem de ser doado, sem exigências, sem forçar a barra, entregue como as estrelas desnudam seus reflexos ao mar, como o sol que aquece e não recebe a mesma ternura, sentido ainda que por outro não sentido, vivido ainda que por outro não vivido.
O tempo consegue dar as respostas, porém, os esforços fazem a mesclagem nesta torcida, tipo, quando a gente quer, deve ir à luta, despir-se do orgulho, permitir-se, é isso, sem olhar aos amores passados, sem confinar-se às shits que dilaceraram.
Viva o amor!