🔴 Não diga!

No debate sobre a regulamentação (eufemismo para censura) das redes sociais, José Dias Toffoli lançou com asserção seu argumento. Foi um desastre peremptório.

Toffoli, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a maioria dos brasileiros, na ficção, torce para o bandido. Numa psicologia de boteco dá para cravar que o ministro transformou suas convicções em estatística. Talvez ele só esteja querendo dividir a culpa. Mas não é difícil imaginar o ex-advogado do PT torcendo para o Lex Luthor derrotar o Superman. Não, não é corporativismo, pois trata-se de ficção.

De fato, a narrativa foi construída em filmes, novelas e livros, ou seja, em quase toda obra audiovisual. Essa ideia rousseauniana de vitimização transforma todos os tipos de criminosos em vítimas da sociedade, doentes e nascidos com uma falta de oportunidade original. O ministro do STF é cria dessa manipulação. Ele acha que esse discurso brotou na sua mente e transforma essa imbecilidade em estatística, mas é só falácia. Argumentar que o brasileiro torce para o bandido, ao invés do mocinho, do herói, de quem é “do bem”, daquele que respeita as leis, mostra mais sobre quem fala, portanto, fica mais fácil entender suas decisões judiciais.

O filme Tropa de Elite foi um sucesso. O policial militar Capitão Nascimento foi um sucesso. Mas isso foi um erro, porque o Capitão Nascimento foi construído para “pintar” a PM como fascista que entra na favela só para dar tapão e matar pobre. O tiro falacioso saiu pela culatra, e o Capitão virou herói.

A decisão já está contratada, as redes sociais serão controladas, porém, o objetivo é colocar “rédeas” no usuário de um espectro político pré-determinado. Então, não importa o que é dito, mas quem diz. Portanto, existe o “discurso de ódio do bem”.

Assistindo ao noticiário, eu pude descobrir quem sempre torce pelo assassino, pelo ladrão, pelo integrante de facção criminosa, pelo traficante...

RRRafael
Enviado por RRRafael em 01/12/2024
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