Brasil - Mudança X status quo
Os “progressistas” dividem as pessoas entre as que são a favor das "mudanças", eles mesmos, e os que favorecem a manutenção do status quo.
As pessoas que lutam por “mudanças” não veem “povo” como o conjunto da população de um país e sim como as pessoas carentes de bens materiais que necessitam da eterna assistência do governo para serem felizes.
Assim o primeiro grupo almeja:
- igualdade social, direitos sociais, justiça social, inclusão social, políticas sociais, embora não saiba explicar claramente o que entende por essas expressões;
- a “dignidade” de se ter uma casa própria de 40 m2 (do programa Minha Casa de Pombo Minha Vida) e receber 600 Reais por mês sem precisar trabalhar, itens esses que são “direitos” a serem atendidos pelo Estado se e quando houver condições;
- direito a saúde, se houver vagas no SUS;
- direito a “educação de qualidade”, inclusive de nível superior, que lhes possibilite no mínimo ser um “trabalhador pela cervejinha” ou no máximo passar em algum concurso público;
- direito a cotas de todas as cores e formatos nas escolas, empregos públicos e banheiros para ficar bem claro que sem intervenção do Estado o “povo” não é nada;
- a alternância no poder entre um político pré histórico por ele mesmo até o fim dos dias.
O grupo das pessoas interessadas na manutenção do status quo por sua vez, deseja que:
- os cidadãos possam ter ocupações, não necessariamente “empregos”, que lhes propiciem remunerações condizentes com suas aspirações;
- que os cidadãos possam escolher com qual médico querem consultar;
- se vão ter um ou mais aparelhos de TV;
- se vão comer pé de frango, ovo ou picanha;
- se vão tomar cervejinha se a preferirem no lugar de um suquinho ou refrigerantezinho;
- que os cidadãos leiam livros quando tiverem vontade, comprados com seus próprios recursos e não quando algum ministro analfabeto funcional descobrir que o “povo lê pouco” e precisa recebê-los de graça;
- vão viajar de avião quando quiserem e não quando o governo fizer uma mágica para que as passagem sejam vendidas por 200 Real;
- que os cidadãos não sejam obrigados a subsidiar apresentações de artistas que ninguém mais quer ver e em vez disso se disponham a pagar de 100 a 500 Reais para assistir uma peça de teatro ou apresentação musical que lhe agrade;
- etc.
Como está bem evidente, se dependermos do grupo interessado na manutenção do status quo, os conservadores, reacionários, retrógrados, o Brasil nunca vai sair da mesmice.