O MÁGICO DE OZ

O Filme O Mágico de OZ, trata de uma garota que se perde, e pedida tenta encontrar o caminho que a levará de volta para a sua casa.

No caminho encontra outras criaturas que estão tão perdidas quanto ela e que a convence que existe um ser superior que tudo sabe e que todos os problemas pode resolver.

Assim, seguem todas essas personagens, crentes que encontrarão este ser maravilhoso que esclarecerá todas as questões e extinguirá qualquer maleficência que debilite suas precárias existências.

Contudo ao encontrarem e se aproximarem desse fantástico ser, descobrem que ele não passa de uma grande e fabulosa farsa. Talvez uma farsa necessária para que aquelas sofridas criaturas tenham uma razão para seguir existindo: Mas uma farsa.

Entendo toda essa história como uma metáfora da existência humana. Toda pessoa, ainda na infância, ao deparar com o mundo que vive, percebe o quão sofrido e confuso é a sua existência. No caminho encontra uma porção de outras pessoas tão confusas quanto ela e juntos seguem num mundo de ilusão em busca de um ser maravilhoso e divino que irá trazer todas as repostas, resolver todos os nossos problemas, enfim, nos salvará.

Chegando à vida adulta, percebemos que tudo era uma farsa, ou seja, não há quem nos salve, quem solucione nossas dúvidas, e que todos estão tão perdidos quanto nós, simples seres errantes nesse mundo de ilusões.

Há quem siga nessas ilusões, há quem se desespere com a situação, e há quem, sabendo que tudo não passa de uma mentira, siga consciente, e se alegrando com as belezas do mundo natural, e criando algo que, mesmo sem a ambição de ser uma verdade incontestável, é, muito antes disso, apenas seu modo de ver a vida, com todas suas contradições, e a tranquilidade de coexistir com a dúvida, esta sim, parceira confiável para quem tem humildade suficiente para ser feliz sempre que possível.