Um número
Um número. Linha de chegada. Partida. É o começo! Tantas ideias. Fluxo mágico. Deixa livre os pensamentos. Não! Melhor não! Buscar. Padrões. Regras. Memória. Foram tantas madrugadas. Tantas sensações. Insônia. O cansaço pelo avesso. Faz sentido? Talvez não. Melhor o desconexo. Mais lógico. Racional. Matemática. Um número. O destino final. Brilhos e trilhos. Poesia de toda via. Soltar versos. Abrir as grades. Construir formas. A princesa deixou a torre. Rapunzel perdeu as tranças. Um dia quis ser Diana. Guerreira, jamais! Nunca me vi assim… Tão forte. Descrença. Desconfiança. Cega insegurança. O exercício é de criação. Disciplina. Caça palavras. Cruzadas pela ordem. Ainda sinto o fogo. Religião. Voltar a Deus? Premissas. Torpes. Tontura. Enjôo. Só o rio caudaloso da existência. Jornada pessoal. Autoconhecimento. Conceitos bonitos. Um dia para escrever. Todo dia. Persistência. Resistência. Resiliência. Conceitos concretos. Geometria rasa. Incerteza. Manuscritos. Desertos vagos. Desejos insanos. Há de ser loucura o que poesia jamais poderia ser. Não há de ser nada. Foi só um susto. Vai passar…
Imagina! Nada passa! Nem calo. Nem dor de cotovelo. Nem ninguém. Tudo fica. Onde? Quando? Em qualquer lugar. Avesso. Anverso. Estrofes. Histórias são baús. Nem o tempo vai passar. Onde a terra fértil congelou cenas estranhas. E essa sede? Será que passa? Ah! Pela ponte há de passar! Tem uma fonte. Cachoeira fresquinha de palavras. Onde vivem os monstros? Quais são os seus fantasmas? Meus? Sei lá? Costumo varrer tudo para bem longe do arco-íris! Quimeras. Estradas oníricas…Vai passar!
*Si*