ANALOGIA DO TREM
Quando nascemos, é como se nascêssemos numa estação de trem. E, nesse momento, estamos embarcando na nossa própria viagem. Ao longo dela, nós vemos paisagens lindas, lugares maravilhosos, pores do sol magníficos. Mas também vemos dias de chuvas torrenciais, tormentas e, enquanto não chega ao nosso ponto, a viagem não para. A gente continua e a todo tempo o trem para em novas estações...sobem novas pessoas, iniciando também suas próprias viagens bem como outras pessoas descem findando as suas e, por uma brincadeira tola do destino, nunca mais as vemos. O trem parte e viaja conosco a saudade de quem desceu antes de nós, mas não podemos descer, porque ainda não chegamos ao nosso destino.
Muitos passageiros têm uma longa viagem, enquanto outros apeiam a poucas estações de onde iniciaram o breve trajeto, não tendo tempo para ver muitas paisagens...uma pena.
A viagem segue e o nosso ponto de desembarque se aproxima. Nossa vez de descer está chegando e isso implica que a viagem vai continuar, mas não conosco, porque a nossa viagem também chega ao fim.
Essa dinâmica nunca muda, porque o trem segue pelos trilhos sem poder voltar e muitas pessoas sentem a nossa falta até que chegue a vez de cada uma delas também descer na sua própria estação e a saudade vai passando de passageiro em passageiro, em uma viagem que não tem data para acabar.