O Analfabetismo Funcional e o Analfabetismo Existencial
Analfabetismo Funcional é definido como “falta de capacidade que uma pessoa tem para interpretar textos e realizar operações matemáticas, mesmo sabendo ler e escrever”.
Os índices disponíveis sobre esse fenómeno apontam que ele representa 30% da população brasileira.
Não sei se podemos dar crédito a esses índices porque seria necessário avaliar pessoalmente um número de indivíduos que representasse amostra confiável da população.
Observando as pessoas ao nosso redor esse índice parece ser bem maior, mas a amostragem visual obviamente não nos permite tirar conclusões precisas.
Porém, existe outro fenômeno que também é observável entre as pessoas de nosso relacionamento próximo e mesmo a distância, via internet e redes sociais, que aponta para um alcance bem maior e mais preocupante, o analfabetismo existencial.
O que seria ele?
Poderíamos defini-lo como “incapacidade das pessoas de “lerem a vida”” ou seja, de aprenderem com fatos históricos, evidências científicas, princípios básicos lógicos, erros dos outros e erros próprios com um propósito bem definido que vai além da sua utilidade material.
Não se trata apenas de deficiência cognitiva, porque cognição é “a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento, com base em um conjunto de habilidades mentais e/ou cerebrais como a percepção, a atenção, a associação, a imaginação, o juízo, o raciocínio e a memória”.
Seria a ausência de um desejo sincero e permanente pela busca do aperfeiçoamento material, moral e espiritual, independente da aparente condição intelectual dos indivíduos.
O analfabeto existencial não vê benefícios em:
- manter promessas e honrar contratos;
- respeitar a soberania de outras pessoas e seu direito de propriedade;
- assumir a responsabilidade sobre seus atos;
- prover para suas próprias necessidades;
- não fazer reivindicações legalmente executáveis sobre o tempo, o esforço ou os bens materiais de outras pessoas;
- não se sentir no direito de serem subsidiadas pelo Estado ou por pessoas com quem não possuem uma relação pessoal ou uma obrigação contratual prévias;
- ter o abrigo da Família, que conhecemos por Lar;
- contar com amor maternal;
- proteger com todas as forças a criança enquanto criança;
- manter a ordem social;
- limites constitucionais em todos os níveis de governo para prevenir que este viole os direitos naturais do homem e privar os indivíduos da posse de sua vida, liberdade ou propriedade através de políticas de coerção.
O analfabeto existencial faz ativismo para:
- normalizar transtornos de personalidade e estados físicos doentios, como a obesidade, e modificar uma sociedade inteira para que os aceite como “empoderamento” benéfico;
- destruir as bases das sociedades, construidas através de séculos ou milênios sem reconhecerem sua incapacidade intelectual e material de sugerir condição melhor;
- ignorar conhecimentos científicos ou usa-los ideologicamente distorcidos para justificarem atos prejudicais às sociedades.
A analfabeto existencial acredita que:
- o conhecimento científico só tem valor se atender aos objetivos da ideologia que professa;
- a natureza humana pode ser modificada através de leis e regras;
- as pessoas podem ser felizes tendo suas necessidades controladas por terceiros;
- o homem não necessita que sua natureza biológica e psicológica seja atendida se seguir determinada ideologia, ao mesmo tempo ele acredita que essa mesma natureza deve ser integralmente atendida se ele for o mentor dessa ideologia;
- a Humanidade passou a existir no dia do seu nascimento como resultado de um fenômeno não explicado e não como produto do esforço físico e mental de milhões de pessoas através de milênios;
- na hipótese da inexistência de Deus e da alma, o vazio existencial pode ser preenchido com teorias materialistas de sociopatas, assassinos, pedófilos ou qualquer transtornado mental.
Em resumo, o analfabeto existencial é um ser que, no mínimo, não contribui para sua própria evolução material e espiritual e em condições mais graves atrasa, impede ou destrói a evolução da Humanidade.
É impossível não associarmos o Analfabetismo Existencial com o Pensamento de Esquerda.