Alfétena IV - Tristitia
Dentro de mim, há um eco resultante: sussurro acrônico que permeia persepção e pensamento, reverberado das profundezas insondáveis do inconsciente; evocado por fragmentos evanescentes: uma babel de sombras inconstantes, que se dissipam e se condensam em uma dança mórbida, mergulhando a alma em um abismo onde o próprio sentido parece dissolver-se.
Um abismo vivo e primitivo que se insinua furtivamente entre os interstícios da consciência; sedento e insaciável, nutrindo-se das hesitações e das dúvidas; sorvendo o terror latente que insiste em permanecer sem nome.
Essa entidade voraz, parasita invisível, cuja presença se revela como um sonido abissal, uma queixa sombria que envolve e fragmenta as fundações da razão.