Introdução do Livro "Versos & Canções"
INTRODUÇÃO
Olá!
É um grande prazer, para mim, e espero que seja também para você, poder falar de poesia, versos, canções, numa época e em um mundo em que reina o ódio, o desprezo a indiferença em relação às pessoas e aos sentimentos.
O Dicionário Oxford define como “poeta” o “escritor que compõe poesia” ou o “autor cuja obra é impregnada de poesia”. Então, para sabermos se uma pessoa é poeta, precisamos verificar se sua obra contém poesia. Vamos verificar esses conceitos mais à frente. Mas, desde já é preciso entender que a poesia é a arte de quem cria. Então, posso afirmar, certamente, que tenho alguns amigos poetas, como, por exemplo, Jorge Fregadolli, que prefacia este livro e de cuja competência poética nasceu a letra de uma música que gravei (Engenheiro da Floresta), uma homenagem dele ao passarinho João de Barro, a qual consta do livro e poderá ser lida e ouvida (pela Internet). Cito Jorge Fregadolli como exemplo, mas, a convite dele estive, por diversas vezes, na ALM – Academia de Letras de Maringá, ambiente no qual pude conviver, ainda que por pouco tempo, com alguns poetas de verdade, como, por exemplo (novamente), Railda Masson, a representante no Paraná da ícone Evita Peron, entre outros que me escuso por não nominar, com receio de esquecer alguns, cometendo injustiças.
Mas, poesia é também musicada. Melhor dizendo, a “letra” da música é poesia, ou poema, como queiram. Há uma diferença entre poema e poesia, como já mencionado e como veremos mais adiante. Assim, considero poetas os que escrevem e os que cantam poemas. Ou alguém duvida que Beethoven era um poeta? Era, não. É! Sim, porque esta é a vantagem de um poeta: ele é imortal! E não se iluda que “imortal” é somente aquele que figura como membro da Academia Brasileira de Letras, pois seus membros já há muito perderam esse glamour uma vez que outras Academias (a exemplo de Maringá) surgiram pelo país afora.
Porém, há uma Academia Universal, agora, que torna imortal qualquer pessoa que se atreva a escrever, compor, cantar, atuar, enfim, praticar e registrar (postar) qualquer forma de arte: a Internet. Este fenômeno mundial está transformando a vida da humanidade numa velocidade maior do que a da rotação da Terra. Sim, porque, segundo os estudiosos, a informação que circula pela Internet mais que dobra a cada 24 horas. Então, é mais veloz que a própria Terra!
Antes, porém, voltemos à questão dos poetas. Se o Cantor, o Compositor e o Escritor são poetas, então, não há dúvidas de que o instrumentista o é também, assim como a bailarina, o dançarino, o circense, enfim, todo aquele que pratica qualquer espécie de arte que possa “mexer” com o espírito humano.
Assim, homenageio todos os músicos e artistas em geral, principalmente aqueles que me são mais caros: os que participaram comigo dos Shows Variedades I e Variedades II, que tiveram sua participação registrada em vídeos que se encontram na Internet e que podem ser acessados pelo link: https://jovibarboza.wordpress.com/jovi-barboza-show/. A todos o meu mais profundo respeito por sua arte.
Sim, eu sei. Alguém dirá que estou exagerando, pois a poesia é “letrada” e, por isto, os poetas são aceitos como membros de Academias de “Letras”. Está bem, mas, a Internet também é Academia de Letras. Vejam o exemplo da Plataforma Recanto das Letras (https://www.recantodasletras.com.br/autores/jovibarboza), a qual congrega grande número de autores, do qual, inclusive, faço parte, como poderão constatar ao longo do livro.
Além de ser uma plataforma para Autores (poemas, textos, músicas, contos etc.), o Recanto é, também, Editora, e publica livros de diversos escritores. E eu, particularmente, tenho orgulho de ter participado da Antologia Poética I (Abril-2019), constando como Autor no Volume III da obra. E, assim, como tantos outros, tornando-me “imortal”. Todo poeta é “imortal”. E quem escreve músicas é poeta!
Sem pretender me alongar, quero ressaltar um fato histórico que abalou o mundo da poesia. O roqueiro norte-americano, Bob Dylon, cantor, compositor, pintor, escritor, ator, instrumentista e artista visual, de quem sou muito fã, foi contemplado, em 2016, com o Prêmio NOBEL de Literatura. O espanto apareceu porque o prêmio não teve como motivo o fato de ser escritor, mas, “por ter criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana”. O mundo artístico ficou pasmado porque ele não compareceu à cerimônia de premiação. Somente o fez em abril de 2017, faltando poucos dias para perder o direito ao prêmio, tanto o título como o valor de US$ 900 mil (novecentos mil dólares americanos). Então, quem disse que poeta não tem valor? E quem disse que compor músicas não é literatura?
Mas, há quem não entenda assim. Na maioria das Academias de Letras, as “letras” de músicas não são consideradas “obras poéticas” que habilitam o Autor (compositor) a se candidatar como membro. Isto deixa muitos compositores frustrados. Mas, outros, como eu, não dão a mínima e vão para a Academia de Letras da Internet.
Assim, este livro foi pensado para que possamos usufruir das mídias que se encontram à disposição: o livro é uma mídia impressa (ou digital), a Internet é uma mídia digital (que pode ser impressa). Mas, o que importa é mencionar que a rede pode ser acessada a partir do livro, com o uso da tecnologia do QR-Code. Por isto, você leitor ou leitora, poderá, com o uso do seu Smart Phone (Celular), fazer a leitura do QR-Code constante de cada poema do livro e acessar a página da Internet equivalente ao seu interesse, ou seja: o texto puro, no Recanto das Letras; o vídeo, no YouTube; a cifra, se interessar, no CifraClub; e o áudio puro, no Spotify.
Portanto, cada frase, cada poema, cada letra de música que aparece no livro terá um ou mais QR-Code. Um, se for frase ou poema; quatro, se for música, para que possa ser acessado, separadamente, o texto, a cifra, o vídeo e o áudio. Desta maneira, poderemos classificar o livro como multimídia e interativo, dependendo de você, leitor ou leitora. Sim, porque, você poderá fazer parte do livro, visitando as plataformas mencionadas e, lá, registrar seus eventuais comentários. Fique à vontade para escrever o que quiser, por exemplo, seu poema, por que não! Pode escrever nos comentários um poema, uma frase, e, com isto, criar uma extensão do presente livro, dando uma abrangência maior para o nosso propósito de tocar os corações românticos e as mentes sentimentais (trocadilho?).
No tocante à música, sou instrumentista no violão, apenas, e ainda assim, toco muito mal, apesar de muita gente parecer gostar (missas, festas, viagens etc.). Meu pai (1928-2013) me ensinou os primeiros acordes, mas, foi o meu grande amigo Genival Ferreira (1952-2014) quem, realmente, me ensinou a tocar. Ele me deu uma tarefa: assoviar o hino nacional, para ver se eu era entoado e ritmado. Passei no teste e ele começou a me ensinar. Sabe aquela máxima que diz que o pupilo supera o mestre? Pois é, comecei a deslanchar e ele parou. Mas, tinha uma razão para isto, ele me emprestou o seu violão, já que eu não tinha (falo de 1970, então com 16 anos!). Levei o violão para minha casa e acho que nunca mais o devolvi, pois, quando viajei para São Paulo em 1973, trouxe comigo o violão, com uma grande dedicatória de Genival, escrita no próprio violão, este que, mais tarde viria a ser criticado por outro amigo (Erasmo), mas, na melhor das intenções como comento mais adiante neste livro.
Mas, quero fazer uma homenagem ao grande amigo, Erasmo Lima, publicando um poema de sua autoria, que fala de Jesus, de cujo nome se faz o título da canção. Transformado em canção, na verdade um louvor, se impõe como uma emocionante peça litúrgica sempre que canto na missa, em ação de graças, logo após a Comunhão Eucarística. Particularmente, gosto de entoar três músicas nesse momento litúrgico, esta, de que falo agora, de autoria do meu amigo Erasmo Lima, de Recife-PE, a canção “Tu és a Verdade, Jesus”, de Roberto e Erasmo Carlos, e “Eucaristia”, que você pode constatar como sendo de minha autoria, pois faz parte deste livro.
Antes de encerrar, preciso externar um sentimento de gratidão a quem criou os sinais de escrita. Você já imaginou o que podemos fazer com 26 letras do alfabeto e alguns sinais numéricos e de acentuação? Olha, a Bíblia foi escrita por esses sinais, a enciclopédia inteira e muitas histórias já foram contatas com a combinação de, apenas, 26 letras e os referidos sinais adicionais. Claro, há idiomas que contém mais letras, como, por exemplo, o Japonês, que se divide em três partes: o katakana, o hiragana e o kanji, sendo que, neste último, encontram-se mais de 1.500 ideogramas. Já o alfabeto grego, que tem origem fenícia, pode ser considerado a base dos alfabetos ocidentais, contém 24 letras, algumas parecidas com as nossas quando escritas em maiúsculo, mas, contém valores completamente diferentes dos nossos. E, olha que, para os Cristãos, representa Deus, pois, no Círio Pascal encontra-se encrostadas as letras “ꭤ” (alfa) e “ꭥ” (ômega), representando o começo e o fim, atributos de Deus.
Além da Bíblia, cito com admiração, obras como “O nome da Rosa”, de Umberto Eco, a obra de J. K. Rowling, de Dan Brown, Machado de Assis, Jorge Amado, os Grandes Pensadores, todos escritos com 26 letras do alfabeto, combinadas como resultado da criatividade de escritores que nos elevam o espírito através da imaginação. A mesma coisa pode-se dizer dos roteiros cinematográficos, pois com esses já referidos sinais foram criadas obras como Jornada nas Estrelas, Indiana Jones, além de outros épicos famosos e marcantes.
A mesma opinião tenho em relação à música, pois, como é sabido, temos 7 notas musicais, às quais são atribuídos os valores de “tons”; algumas delas, 5, na verdade, têm “semitons”, denominados sustenidos ou bemóis. Então, ao todo, poderíamos dizer que temos 12 notas, contados os “semitons”. E com esses 12 valores, o homem criou obras fantásticas, todas diferentes umas das outras e sensacionais aos nossos ouvidos, excetos alguns gêneros apelativos, que nos remetem mais para o lado negativo da existência humana, como alguns funks, por exemplo.
Obras como os clássicos, Beethoven, Mozart, Wagner, ou populares, como John Lennon, Bob Dylon, Roberto Carlos, Tom Jobim, entre outros, todos criando, com sete notas, obras incríveis que mexem com o espírito humano, independentemente de gostos.
Mas, observe que, sempre, será necessário que alguém aprecie a obra. Se ninguém prestigiar o que foi realizado, não há glamour, não há razão de ser.
Quero encerrar esta introdução agradecendo a você, leitor ou leitora, que me prestigiou com a aquisição da obra; à minha filha, Jennifer Roberta, que cuidou do design e da diagramação; ao pessoal da Gráfica, pela paciência e pelo trabalho realizado; à minha esposa, Elena, pela inspiração, pois é uma verdadeira musa de algumas canções e poemas; aos filhos, Jovi Marcos, Janet Janice e Robert Yudi, por me darem força para continuar sempre animado com a vida; e ao meu amigo Jorge Fregadolli por atender ao convite para prefaciar o livro.
Mas, a você, leitor ou leitora, além do agradecimento pela honra que dá pela leitura, faço um pedido especial, que é aquele feito por qualquer pessoa que publica conteúdo na Internet: inscreva-se, dê um “like” (ou “deslike”) e compartilhe o conteúdo que visitar, seja seguidor, mas, principalmente, comente, faça parte do livro, como já dito anteriormente, tornando-o interativo. Aliás, este é o papel da Internet. Há algum tempo atrás, era muito difícil as pessoas terem acesso aos artistas, autores, jornalistas e até governantes, enquanto na atualidade alguns estão até temerosos e desejam cercear essa liberdade. Então, devemos aproveitar essa liberdade ao máximo enquanto a temos, não acha? E, olha, se me considero imortal pela publicação da obra, te convido a ser, também, imortal, através da interatividade, pelos comentários.
Muito obrigado e boa leitura e navegação.
Jovi Barboza