O caos explica a ordem?
Raros são os indivíduos que procuram enxergar o mundo através de uma lente filosófica racional e coerente, em geral eles agem cada qual por motivos subjetivos, quase sempre mesquinhos, cegos, egoístas e irracionais.
Basta olharmos a História da Humanidade para comprovarmos esse fato. Sempre houve e haverá os que querem dominar os outros de todas as formas possíveis, seja através das armas, da chantagem, usando o dinheiro, com lavagem cerebral, etc e seja por motivos puramente sádicos, por ganância ou para simplesmente viver à custa do trabalho alheio e seja ainda em pequena escala, entre duas ou poucas pessoas ou escala de países inteiros ou muitos países.
Diante dessa constatação, temos que nos perguntar como a Humanidade consegue mesmo que “aos trancos e barrancos” seguir numa caminhada mais ou menos constante sem já ter desaparecido há séculos?
Essa pergunta tem um destino especialmente interessante para as pessoas que não acreditam na existência de Deus ou de uma Mente Superior e que a vida se encerra com nossa morte física, não existindo portanto alma ou espírito.
Inexistindo essas entidades, não existirá também um propósito definido para todos seres ou, em outras palavras, um foco único que direciona a consciência imaterial para um objetivo comum, de forma que a vontade da maioria sempre se sobressairá sobre os que “trabalham contra”, mesmo que demore anos ou séculos.
Olhando o mundo pelo ponto de vista dos adeptos da vida exclusivamente material, temos que fazer, pelo menos, três perguntas:
- qual seria a diferença entre viver um, dez ou cem anos?
- sem um propósito superior, porque a Natureza não seguiu sua tendência de menor esforço e assim a Terra não está povoada apenas por samambaias e seres unicelulares? Os rios em seus trajetos dão centenas ou milhares de voltas, mas não sobem encostas.
- qual é a importância de todo o esforço desprendido na busca de todo o Conhecimento que a Humanidade adquiriu no decorrer de milênios? Teríamos economizado energia, tempo e sofrimento se fossemos, por exemplo, bactérias ou protozoários.
Presto minha homenagem aos que se formam em Filosofia, fazem mestrado, doutorado, leem milhares de livros para chegarem a conclusão de que tudo se resume em nada e até o amor que dizem sentir não passa de uma “simulação da Matrix”.