Estudo sobre a estupidez humana V
Segundo Carlo M. Cipolla (1922 – 2000), historiador econômico e medievalista italiano, os seres humanos se dividem em quatro categorias básicas: o inteligente, o vulnerável, o bandido e o estúpido.
Quando uma pessoa faz uma ação que resulta em ganho para ambos os lados, ela é inteligente. Como exemplo podemos citar o construtor que executa uma obra bem feita que deixa seu cliente satisfeito e que paga o serviço com a convicção que seu dinheiro foi bem aplicado.
Quando uma pessoa faz uma ação que resulta em perda para ela e ganho para outra ou outras pessoas, ela é vulnerável. Como exemplos temos os apostadores em jogos de azar e os que fazem pagamentos antecipados para pessoas desconhecidas como depósito para “liberar uma quantia expressiva de dinheiro”.
Quando uma pessoa faz uma ação que resulta em ganhos para ela e perda para nós, ela é um bandido. Temos como exemplos os ladrões, assaltantes e estelionatários. Porém, se correlacionarmos a atitude da quase totalidade dos políticos com a definição de estelionato, eles seriam incluídos nesta definição.
Quando uma pessoa faz uma ação onde ela não tem nenhum ganho ou pode sofrer perdas ela mesma e pode nos causa dificuldades ou o mal, estamos tratando com uma pessoa estúpida.
Aqui cabe uma observação com relação a sensação de ganho imediato que o estúpido pode ter, mas que num prazo mais longo pode resultar em perda para ele.
Nesse item os exemplos abundam:
- a pessoa que estaciona seu veículo em frente a nossa garagem;
- o infeliz que joga lixo na rua ou no lote vizinho;
- o cantor que declara em público sua simpatia por um político que a maior parte da população tem profunda antipatia;
- o jornalista que não esconde sua ideologia e se especializa em propagar mentiras ou distorcer fatos para beneficiar pessoas ou grupos.
Nesses casos o estúpido pode ser multado, ser repreendido em público, sofrer perdas materiais ou cair no descrédito completo.
É oportuno fazer uma reflexão sobre o caso do eleitor que vota no político incompetente ou canalha se ele é vulnerável ou estúpido.
Em princípio, os eleitores que votaram no nosso atual presidente seriam vulneráveis, porque elegeram um indivíduo que todas as pessoas com um mínimo de lucidez sabiam que seria prejudicial ao país, mas que foi beneficiado junto a uma legião de canalhas que estão “nadando de braçada”.
Porém, se levarmos em conta que toda conduta desonesta está sujeita em algum momento a algum tipo de punição e nesse caso, todos os que aparentemente lucraram com a ação dos eleitores podem sofrer perdas também, então os referidos eleitores se enquadram na categoria de estúpidos.