Ensaio em dois atos, a luta entre a arrogância e a humildade
1er ato
A arrogância :
A arrogância não tem pernas, ela é carregada pelo egoísmo e o primeiro passo dessa armadilha e se auto intitular com o rótulo da humildade, nenhum humilde de verdade diz ser humilde.
Robert era assim e seu mal era justamente acreditar na sua falsidade, pobre homem ao qual o mundo o encerrava num cenário de máscaras e subterfúgios disfarçados de pseudo verdades.
O maior desânimo de Robert vem de saber que nada de bom existe sem um certo sacrifício, sem se doar, benditas noites sem dormir porque eram a única hora onde não sentia o desprezo nem a indiferença de um mundo cheio de aparências.
A confirmação de continuar igual, de saber o diagnóstico e não querer mudar o corroe e o engana, mais também o fascina.
2 ato
A humildade:
Só podemos decifrar uma parte dela, e é muito parecida ao amor , Mirta era a humildade em pessoa. Mais as vezes pensava, isso faz diferença?
Saber que vem o golpe e não tentar desviar, saber da hipocrisia de certos abraços e mesmo assim abraçar, sentir a sensação de estar indefesa e não desanimar.
Mirta nunca será capaz de prever o mal, porque o mundo vacila antes de responder a verdade, porque a humildade se guarda no silêncio e na compreensão do incompreensível, mais a ternura alcanza todos os ecos do amor e a humildade a carrega no colo.