As Minas do Rei Salomão e a Terra de Ofir

A chamada Terra do Ouro, a Terra de Ofir de onde o Rei Salomão buscava toda a sorte de riquezas minerais (I Reis 10:11) e exóticas (I Reis 10:22) em aliança com frotas fenícias de Tirus e navios ibéricos de Tartessus (I Reis 22:49), ainda é considerado um mistério (supostamente insoluto) por acadêmicos céticos das Sagradas Escrituras. Ora, as mesmas Escrituras apontam claramente a direção da Terra do Ouro, isto é, a Terra do Ouro de “Ofir”, referido como um dos filhos de Joctão [Gênesis 10:19, filho de Arfaxad], tribos caldeias que se estenderam em direção da montanha oriental de “Sefar” [Gênesis 10:30, o Himalaia].

Ora, “Ofir” deve ser entendido como uma nomenclatura sobretudo demográfica antes de geográfica, pois como lembra Josefo, os nomes dos locais não foram conservados totalmente com os nomes de seus ancestrais.

“Ofira” foi um assentamento israelita ao sul do Sinai, uma estação portuária por onde saiam as frotas israelitas do Mar Vermelho em direção à Terra do Ouro de Ofir (I Reis 9:26-28). De lá, juntamente com fenícios e ibéricos, navegavam necessariamente para a direção oriental, na direção das tribos caldeias que se estendiam até Hindu-Kush, entre as quais estaria a “tribo de Ofir” e sua terra dourada, segundo os escribas hebreus do Livro do Gênesis.

Ora, como categoricamente Josefus já afirmava, é claro que a dourada Terra de OFIR só poderia ter sido a Antiga ÍNDIA, pois a Arábia e a Etiópia (ao contrário do que quiseram acreditar alguns estudiosos das Escrituras) não eram terras exoticamente tão ricas e tampouco eram terras que se estendiam para o lado oriental: ouro, prata, cristais, cobre, marfim, sândalo, macacos e pavões, são achados em abundância na costa indiana, o que é condizente com a descrição geográfica bíblica de Ofir. Além disso, o Sânscrito (assimilado pelos Medeos proto-europeus) tem origem caldeia (fortemente marcado pelo Acadiano, como já foi bem demonstrado na obra “The Language Of The Harappans”), o que é condizente com a narrativa genealógica bíblica de que Ofir era descendência dos Caldeus conviventes dos Acadianos.