🔴 Debate e dê porrada
Ninguém quer assistir aos debates para saber de propostas. Isso é muito chato. O que adiantou ver um Lula apelando à sua “picanha com uma gordurinha passada na farinha e uma cervejinha”; Levi Fidelix propondo o, acho que inspirado no filme ‘Blade Runner’, famoso ‘Aerotrem’; o “afilhado” de Paulo Maluf, Celso Pitta, apresentando o projeto oportunista ‘Fura-Fila’; e, para terminar com chave de ouro, o projeto da cidade de São Paulo computadorizada e futurista do Fernando Haddad e o inexistente ‘Arco do Futuro’!
O que confirma a minha tese de que todos que assistem aos políticos se destruindo querem ver “sangue” são os célebres embates que “bombam” no ‘YouTube’. Leonel Brizola e Paulo Maluf, Jânio Quadros e Franco Montoro exemplificam o que entrou para a história. Muito bate-boca, nenhuma proposta. Portanto, é muita hipocrisia e falsa sinalização de virtude dizer que os debates têm muita baixaria e que faltam propostas.
Pablo Marçal vem transformando os debates, bem como as sabatinas e entrevistas, em atrações imperdíveis. Como o candidato a prefeito sabe muito de comunicação, seus interlocutores têm que calcular muito bem antes de agredi-lo verbalmente. Marçal explora bem o caráter de entretenimento para a família brasileira, então, “presenteia” os coleguinhas com peraltices do nível 5ª série. Sendo assim, seus adversários podem sofrer um “bullying” dos tempos de escola.
Assertivo em suas afirmações, Pablo Marçal é imune a pegadinhas e cascas de banana e tem como “saco de pancadas” preferencial Guilherme Boulos. É fácil atingir o alvo ambulante, porém, sobra até aos mais experientes jornalistas, o que faz Marçal ter virado um entrevistado com muita audiência e possíveis votos.
Os debates não servem e nunca serviram para decidir em quem votar, contudo, é um bom programa para decidir em quem não votar. Uma coisa é garantida: quando tem um “franco atirador”, um “Coringa” (do Batman) para aloprar, a diversão é garantida.