🔴 “Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja eterna enquanto dure” *
A “Chama Eterna” da democracia foi apagada por falta de gás. O monumento é igual uma pira olímpica. Num pensamento obscurantista, poderíamos entender isso como um sinal. No entanto, é só sinal de incompetência.
Esse acontecimento parece uma resposta ao pretenso Museu da Democracia e ao fenômeno dos políticos que escondem pusilanimidade ou atitudes autoritárias sob o manto sagrado da “democracia”. Utilizada para ludibriar os mais distraídos, a palavra mágica “democracia”, fazendo uma comparação com o marketing, é uma embalagem bonita escamoteando um produto ruim.
Um governo que não tem algo concreto a apresentar lança o “coringa” abstrato da “defesa da democracia”, como se a pessoa da vida real pudesse comprar 1 quilo de democracia, 450 gramas de democracia, 6 metros de democracia ou 3 litros de democracia.
A distorção da palavra ou, num eufemismo, a ressignificação de “democracia” é um fenômeno mundial, mas não é novo: as ditaduras da antiga Alemanha Oriental, Coreia do Norte, China e de Nicolás Maduro exibiram ou exibem o termo “democracia” em seus nomes e/ou discursos. Ontem ou hoje, a estratégia é a mesma: esconder o autoritarismo e a incompetência sob a palavrinha de 10 letras, bem como, suas variações.
Contudo, essa alteração do sentido literal das palavras é esperada onde, como no Brasil, o presídio de segurança máxima carrega o histórico de 2 fugas, o Judiciário legisla e a primeira-dama (sem cargo político) é a representação na Olimpíada!
Assim como o uso do termo “democracia” esconde e precede o recrudescimento da tirania, “os fins justificam os meios”. Num relacionamento, por “falta de gás”, a chama apaga antes do fim. Em Brasília, a chama já se apagou...
Paráfrase de trecho do poema “Soneto de Fidelidade” (Vinícius de Moraes).