S.Ciro o Grande e a Terra de Elão

S.Ciro o Grande, previsto pelo Profeta S.Isaías, foi um grande Imperador da Paz durante o Império Persa. Republicanizou a Ásia central e concedeu honra aos diferentes povos autônomos tributados, surpreendentemente com uma certa religião monoteísta em comum em torno do Profeta S.Zaratustra.

OS PERSAS foram nobres elamitas (aryanos de raça armenóide ou “semita”) subjugados pelos nobres mêdos (aryanos de raça caucasóide ou “jafetita”). No Cilindro de Ciro¹, a genealogia persa dos “Reis de Ansã” traça uma origem elamita à partir de Teispes na terra de Elão. O termo mêdio europeu “aryano”, de origem sânscrita asiática (como é provado pela origem caldeia do povo indiano), significa tão somente “nobre”.

Ansã fazia parte do Reino Elamita durante o segundo milênio a.C.. Durante o Período Neo-Elamita, o Reino Elamita enfraqueceu e Ansã tornou-se menos dependente do reino, com os reis Neo-Elamitas incapazes de afirmar a sua autoridade sobre Ansã, e um grande número de iranianos mudou-se para a região. Em 646 a.C., a capital elamita, Susa, foi saqueada pelo Império Neo-Assírio e o Reino Elamita desapareceu. Em algum momento do século VII a.C., Ansã tornou-se o seu próprio reino independente sob Teispes. Pierre Briant coloca a formação do reino de Ansã neste contexto e data a ascensão de Teispes à realeza em 635 a.C..

De acordo com Heródoto, Astíages, rei da Mêdia, tinha uma filha chamada Mandane, sobre a qual ele teve um sonho profético. Para evitar que o sonho fosse cumprido, ele casa sua filha com Cambises, um persa, considerado por ele de temperamento quieto e inferior aos mêdos. Desta união nasce Ciro II chamado Grande, que derrotou os mêdos e preponderou sobre toda a Ásia central.

O título dos persas tespídeos está registrado no Cilindro de Ciro, no qual Ciro II identifica a si mesmo e a seus ancestrais com o título de “Rei de Ansã”, como uma tradição elamita. Sendo Teispes o ancestral e fundador homônimo, a dinastia também incluía Ciro I, Cambises I, Ciro II, e Cambises II.

Após uma período de insurgência enquanto Cambises II não tinha herdeiros sucessores e Esmérdis (irmão de Cambises II) fora assassinado pelo usurpador Gaumata, a dinastia mêdia recuperou o domínio da Pérsia (hegemonicamente elamita) com Dario I, que assumiu sua capital na Mêdia ao norte, segundo o mesmo Josefo² que já afirmava a origem elamita dos persas. Na inscrição de Behistun, Dario I criou a imagem de uma linha dupla de governantes reais através de um ancestral comum chamado Teispes e um suposto ancestral homônimo Aquemenes, mas tinha sua origem evidentemente nos nobres mêdos que dominavam os nobres persas. Por isto se chama até hoje a dicotômica "dinastia aquemênida" de "império medo-persa", e S.Daniel distingue entre “Ciro DOS PERSAS” e “Dario DOS MEDOS”, pois, como se sabe, se tratava de dois povos de origem absolutamente diferentes que disputavam um mesmo território iraniano, apesar da língua proto-europeia em comum com o sânscrito.

Ora, não é metodicamente seguro ligar a origem linguística com a origem étnica, visto que a linguagem nacional muitas vezes é um intercâmbio internacional, como no caso dos Elamitas que tinham um idioma sumérico próprio e absorveram o idioma dos Mêdos, gerando o idioma persa (bem como foi o caso dos Caldeus do leste que absorveram o idioma dos nobres Acadianos e geraram o idioma sânscrito védico, que foi parcialmente assimilado pelos Mêdos ditos "aryanos" europeus).

¹ http://www4.policiamilitar.sp.gov.br/unidades/dpcdh/Normas_Direitos_Humanos/CILINDRO%20DE%20CIRO.pdf

² https://archive.org/details/josefo-historia-dos-hebreus-obra-completa

Crioulomano
Enviado por Crioulomano em 25/07/2024
Reeditado em 26/07/2024
Código do texto: T8114786
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