A relação da visão do homem e do mundo em Piaget, Rogers e Abordagem Comportamentalista
A visão do homem e do mundo, filosoficamente falando, pode ser compreendida no campo da Psicologia da Educação, quando se estuda e verifica o sujeito e o objeto, quando mediatizados nas relações comportamentais professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem, bem como a produção do conhecimento pelo sujeito cognoscente com o objeto de estudo a ser conhecido. E, diante disso, as abordagens da epistemologia genética de Jean Piaget, o humanismo de Carl Rogers e a abordagem comportamental vão auxiliar neste sentido para devida compreensão.
Em relação a epistemologia genética de Piaget, o que importa é entender a origem do conhecimento sobre o ser humano, o homem e o mundo, no sentido de se investigar a formação do pensamento e do conhecimento humano, como estrutura cognitiva, o que se pode observar que os comportamentos são controlados por esquemas na representação do mundo e estabelecimento de ações. Segundo Santos (2022), o que se pode verificar então o seu método psicogenético, ou seja, a investigação de formação de estruturas cognitivas pelo sujeito epistêmico (o homem, o ser que constrói o conhecimento) até seu pleno desenvolvimento como espécie humana. Pode-se então concluir que a inteligência humana é capacidade de se adaptar conforme se vive no meio, o que numa perspectiva biológica, é a capacidade de processo de adaptação e organização com o meio ambiente que vive e sobrevive. Assim, a prática educativa proporciona experiência na assimilação do conhecimento, e sua construção, conforme sua maturação, ora dimensão orgânica, com a experiência do objeto do conhecimento, ora dimensão experimental, com a devida transmissão e interações sociais, ora dimensão educativa, e com a devida equilibração progressiva, o que favorece o devido processo de desenvolvimento.
Já, Carl Rogers explicita que a aprendizagem deve ser significativa, ou seja, de que o homem, o ser humano, aprende conforme suas necessidades, que engloba o cognitivo, o afetivo, o psicomotor, o que acarreta então ao homem o compromisso pessoal de modificar sua própria experiência a fim de desenvolver seu processo de senso crítico e processo educacional de autorrealização, conforme expõe Santos (2022) a respeito. Rogers estabelece que as relações dos seres humanos devem ser as mais democráticas possíveis, no sentido de que alunos e professores em ambiente escolar, devem romper a questão de quem seja o “dono da verdade”, e assim exercer o processo pedagógico de apontar diferenças e consequências num contexto social de integração entre as pessoas, e diante disso, a compreensão empática deve se considerar na visão de mundo, a fim de despertar uma consciência crítica social e econômica a respeito.
E, por fim, as abordagens comportamentais englobam o que é denominado o objetivismo da Psicologia da Educação, baseada na ideia de que o ambiente determina o comportamento humano, logo a visão do homem e do ser humano a respeito, o que expõe Tenreiro et al (2010) deste tipo de abordagem, o que acarreta verificar os estudos de Skinner, o qual defende a linha behaviorista, a respeito do condicionamento operante do ser humano, o que acarreta uma visão neutra do homem diante do ambiente, e que se comportamento é analisado o que for passível de ser mensurado, o que pode se verificar seu processo de aprendizagem de acordo com causas e consequências do seu comportamento condicionado no decorrer da história, o que pode proporcionar estudo do aluno enquanto ser humano numa sala de aula e verificar sua visão de mundo também para depois propor conteúdos para o devido processo de ensino e aprendizagem com suas devidas consequências.
Enfim, tais abordagens de Piaget, Rogers e comportamental mostram que a visão do ser humano e do mundo podem variar por representações, significados e condicionamentos respectivamente.
REFERÊNCIAS
SANTOS, Larissa Moreira Marinho dos. Psicologia da Educação. Unidade II e III. Storyboard. Graduação de Licenciatura de Filosofia. São João Del Rei: UFSJ, 2022.
TENREIRO, Maria Odete Vieira, et al. Psicologia da educação. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2010.