Muda-se o sujeito, renasce o novo

Muda-se o sujeito, renasce o novo

Ivonoel cardoso

Eu nem sempre fui assim

Com estes olhos fundos

Com rosto petrificado

Com voz áspera

E andar solitário.

Nem sempre fui fechado

Nem desconfiado

Ou apressado.

Outrora, fui outro de mim,

Mais alegre,

Mais confiante

Mais contagiante

Mais participativo

Mais amigo.

As mudanças vieram com o tempo,

Apenas o reflexo do que recebemos.

O outro evidência-se por inteiro

E nós obriga a viver com receios.

Receios de se doar,

Receios de se machucar

Receios de se alto anular.

Nem sempre fui assim

Com esta percepção disparada,

Sempre alerta, antenado

Que ver maldade em tudo

Os sentidos sempre aguçados.

Agora sou outro de mim,

Mais maduro e mais calado

Planejando cada passo

Desta vida equivocada.

Gosto mais desse meu eu

Que está a anos Luz

Criando o próprio universo

Do que lhe proporciona luz.

Agora, o protagonismo é meu,

O outro que não se atreva,

A roubar cada segundo

Dessa vida de belezas

Que se constroi aprendendo a ser só

Contando somente com Deus.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 06/07/2024
Código do texto: T8100985
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