🔴 O Efeito Cobra

Os Irmãos Grimm tornaram popular a fábula clássica ‘O Flautista de Hamelin’ (A flauta mágica), na qual ratos eram atraídos ao extermínio pelo som da flauta. “Deu ruim”. Através dos tempos, políticos quase insistiram em aplicar a solução fictícia do folclore alemão. Claro, nunca deu certo.

A Índia britânica estava preocupada com a proliferação de serpentes venenosas. Solução: o governo britânico achou que iria controlar a praga com a remuneração por cobra morta. Como a globalização unificou a malandragem, logicamente as serpentes, antes de mortas, eram cultivadas artificialmente. O governo percebeu que o novo e lucrativo negócio não resolvia o problema. Proibiu-o. Depois, notou um aumento populacional devido a soltura da criatura rastejante. Conclusão: com a boa intenção de solucionar o problema, agrava-o. Para esse fenômeno se dá o nome de “Efeito Cobra”.

O ‘Efeito Cobra’ expôs a inépcia dos colonizadores franceses quando dominavam Hanói, Vietnã. Novamente, só que na modalidade ratos, os malandros não desperdiçaram a oportunidade de criar roedores para viver. Mas como bastava apresentar o rabo do bicho, foi notada a proliferação de uma nova praga: ratos anuros.

Temerário e desastroso é o incompetente com iniciativa. Comprovando essa teoria, por desconhecimento histórico ou simples ausência de projetos relevantes, o governo gaúcho achou por bem remunerar quem adotar um animal abandonado (R$ 450 por exemplar. Até 2 unidades) na inundação do Rio Grande do Sul. Sem ter poderes divinatórios, é fácil prever que haverá um surto repentino de bichinhos sobreviventes.

Essa lei é estúpida porque, por mais que restrinja o número de ajuda financeira, portanto, o número de animais, não evita uma variação do ‘Efeito Cobra’, ou seja, a lei estimula quem nunca cuidaria de um animal de estimação (nem de si mesmo) a adotar um “pet” (ou 2) e posteriormente soltá-lo, agravando o problema.

Depois dessa solução medieval, eu até começo a achar simpáticas as leis em que nomes de ruas, praças e dias comemorativos são criados.

🔹 Em tempo: o projeto é tão inexequível, que foi rejeitado.

RRRafael
Enviado por RRRafael em 01/07/2024
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