Contatos Psíquicos do Nerbissal - Iaburus
Um ensaio para o universo de magia de Mesolua
Os Iaburus (os caminhantes), são seres/entidades que não possuem uma forma corpórea fixa, nem um senso de propósito claro. Entretanto, há uma série de relatos de avistamentos desses seres ao longo da história, em diversas culturas e etnias.
Muitas vezes, adorados como deuses, muitas vezes temidos como demônios.
Suas interações com os seres humanos são carregadas de mistério e magia, eles alteram a realidade conforme o desejo humano. Por isso, são alvo de adoração e súplicas daqueles que os endeusam. Porém, nem sempre agem dessa forma, as vezes, o contrário dela, provocando uma situação muito pior que aquela que se queria resolver. Por isso, também alvos de temor e oferendas para aplacarem sua ira.
Pela variada forma como são retratados, em aparências que raramente se repetem. É muito provável mesmo que se tratem de espíritos vagantes, anciões, contemporâneos a tempos imemoráveis. Como uma forma de existência espontaneamente gerada pela natureza. Ao longo dos últimos anos, alguns estudiosos do império de Nasbut têm se aprofundado em lançar as bases para a compreensão desses seres, assim, evoluindo nosso entendimento geral sobre a Beyonmattera (o mundo dos espíritos)
Higel Melkizoldyq, explorador das ilhas patrícias, escreveu sobre uma dessas entidades em seu novo livro: Contatos Psíquicos do Nerbissal. Ele nos apresenta em seu ensaio, uma pequena aldeia de pessoas Loror'Neror, habitantes das costas do norte de Enteiblaum. Higel conta que durante os 2 meses que passou em contato com aquelas pessoas, encontrou mais vestígios dos Iaburus que em 5 anos de sua carreira como explorador.
Lá ele encontrou registros inquietantes de um deus que era tido como um tabu entre eles, seu nome era Cracamunh, a quem eles recomendavam nunca recorrer, pois o mesmo fazia o contrário daquilo que você pedia. Por isso o nome Cracamunh, que em patrício significa algo como, não peça.
Uma das lendas é sobre a pequena garota Lira Mara, uma aldeã pastora que também cultivava ervas medicinais.
Ela teve sua aldeia invadida por um pequeno bando de MesoFeras, que mataram quase todos seus parentes e amigos, deixando pra trás apenas aqueles que não consideravam interessantes ao abate. Uma noite ela caminhou chorando pela floresta tropical de Enteiblaum, quando se deparou com Cracamunh. A menina se ajoelhou e pediu vingança contra seus inimigos. Diz a lenda que Cracamunh a transformou em um lobo, sem raciocínio, só guiado pelo ódio. A menina lobo voltou para sua vila, e terminou de matar os aldeões que haviam restado.