REFLEXOS
E da vida um eco se faz, paira entre isto e aquilo, voando de lá para cá, em busca de um horizonte, um aconchego, um momento, enfim, um viver em vida.
Da existência marca-se pela experiência, o que cultiva-se do mais profundo da nossa essência, e a vida vai, cria-se, dá novas luzes, afasta medos, inspira almas e arruma novos caminhos.
Mas, tudo prossegue, ora alto, ora baixo, num ritmo moderado, alegro, suave, lento, rápido, a mesma musicalidade em diversas harmonias, ora frio, ora brasa, mas lá se vai, o sol persiste em brilhar, a chuva não pára de cair, as estrelas fazendo o seu dever, a lua aprimorando os reflexos no mar.
E, simplesmente a vida corre, a morte espreita, forma os compassos da sua dança, um espectáculo que nunca foi explicado, mas está lá, em qualquer lugar, os dias cinzentos acolhem-se, enfim.
Vai o homem, fica o legado, sempre foi sobre como se viveu, lágrimas brotam aos olhos, e a vida chora, sim, o viver chora. Sempre foi sobre como se viveu!