Linguagem e Pensamento
Todo pensamento se expressa por uma linguagem inata do ser humano, enquanto ser pensante, uma vez que pensar é ato inerente humano e a linguagem é a forma que o pensamento se expressa, seja escrita, falada, gestual ou por formas de comunicação artística ou possível de ser exteriorizada, senão o ato de pensar não acontece.
A relação entre pensamento e linguagem é muito intrínseca e fez de muitos filósofos refletirem se existiria pensamento sem linguagem ou linguagem sem pensamento, e de acordo com várias conclusões filosóficas e até científicas, principalmente, na área da linguística, é praticamente impossível dissociar pensamento da linguagem, senão o ser humano não concretizaria o que pensa ao se comunicar ou se expressar.
Uma das formas de objetivar o pensamento e separar da linguagem em si, seriam as sensações, sentimentos e emoções. As sensações são referidas aos sentidos, no caso, da visão, audição, tato, olfato e paladar. E os sentimentos seriam algo íntimo do ser humano diante de situações internas ou externas. E as emoções são algo decorrente de formas externas que provocam alegria, tristeza, prazer, dor, angústia, culpa, raiva, medo, felicidade, mansidão, euforia, alívio, remorso, stress, irritação, serenidade e tranquilidade, entre outras possibilidades.
Diante disso tudo a respeito, as ideias são pensamentos e se formam diante de sensações, sentimentos e emoções, como também de desejo ou necessidade de comunicação, o que implica a utilização da linguagem para isso, o que na linguística é um meio de emissão e recepção de conteúdo, no caso, cognitivo, algo que tenha significado, a fim de seres relacionais comunicantes se estabeleçam no mesmo nível de código de língua no caso para a devida compreensão.
E, ante os conceitos elaborados, é possível pensar que linguagem dê sentido nas ideias que transmitimos uns aos outros, através da familiaridade e compreensão da língua utilizada. No caso específico, a língua portuguesa, ora falada e vernáculo oficial do Brasil. E a cada conceito, ideia e juízo transmitido, retransmitido, escutado, falado, lido ou escrito, espera-se que emissor e receptor estejam em harmonia de comunicação e evolução do próprio conhecimento filosófico que ora se estuda e busca aperfeiçoamento.
Por óbvio que a linguagem participa na conformação da elaboração do pensamento, não é separada de modo absoluto. A separação da linguagem com o pensamento só acontece por questões didáticas. Mas na prática do ato de exercer o pensamento, a linguagem faz parte para o pensamento ser compreendido e ter significado.
Pode ser que cada ideia para cada pessoa seja algo particular, dentro da compreensão e universo dela, e pode ser que se comunicando tal ideia para outra pessoa, esta possa compreender de outra forma, por causa de experiências de vida dela ser diferente da primeira emitente de ideias. Contudo, de modo objetivo, enquanto código, a linguagem deve ser a mesma para as comunicantes, senão não há o entendimento padrão ou universal da expressão das ideias em si. Assim, pode-se inferir e concluir que a linguagem é a mesma entre comunicantes de modo básico enquanto expressão de emissão e recepção de modo mútuo.
Em relação aos filósofos sobre a linguagem, é preciso remeter que toda linguagem conduz ao um juízo, o que é o pensamento da pretensão da verdade e da falsidade, o que se pretende verificar desejos e intenções, a fim de os pensamentos serem verdadeiros.
Para a filosofia moderna, a linguagem é externa ao pensamento, e serve como forma de comunicação do pensamento, e assim o juízo leva a uma sentença declarativa de expressão, e que isso serve para representar a realidade do mundo que se vive. Tal pretensão é colocada mais de forma objetiva no caso para devida compreensão.
Referências
ALVES, Marco A. S. Filosofia da Linguagem. Storyboard. Unidade I. Curso de Graduação de Licenciatura de Filosofia. Núcleo de Ensino à Distância. São João Del Rei: UFSJ, 2022.
BRAIDA. Celso R. Filosofia da Linguagem I. Florianópolis: FILOSOFIA/EAD/UFSC, 2009.