Escarlate
Olhos jabuticabeando a finésse do ladro estridente
Não é hora de afiar os metais
Convém então entonar a voz no agudo tintilante das pulseiras
Se quisera sonoro fino, faria de seus metais nobres
Cravejara em conchas, aquelas despercebidas aos turistas, pedras tão preciosas, que enobrecem sultões
De teimosia, averiguara qualquer feiche de luz que pudera bruxulear erroneamente as rugas da face
Afiara o rubi das unhas,
A certeza da postura, para que a fala seja estridente em seu propósito,
Arqueara as sobrancelhas, o kajal sombreia o olhar desnudo, tornando-se escudo
De lágrimas que escorrem, em sua cena, a emoção vivida
Personificando uma diva,
Não abonada,
Enriquece o ser,
Enquanto a lâmina prateada protege os seus.
Protege o ser.
Vermelho não é sangue, bombeia a vaidade.
Dramaturga do próprio eu,
Provando as vaidades,
Enaltece o coração,
E dele só sente a paixão.