Escarlate

Olhos jabuticabeando a finésse do ladro estridente

Não é hora de afiar os metais

Convém então entonar a voz no agudo tintilante das pulseiras

Se quisera sonoro fino, faria de seus metais nobres

Cravejara em conchas, aquelas despercebidas aos turistas, pedras tão preciosas, que enobrecem sultões

De teimosia, averiguara qualquer feiche de luz que pudera bruxulear erroneamente as rugas da face

Afiara o rubi das unhas,

A certeza da postura, para que a fala seja estridente em seu propósito,

Arqueara as sobrancelhas, o kajal sombreia o olhar desnudo, tornando-se escudo

De lágrimas que escorrem, em sua cena, a emoção vivida

Personificando uma diva,

Não abonada,

Enriquece o ser,

Enquanto a lâmina prateada protege os seus.

Protege o ser.

Vermelho não é sangue, bombeia a vaidade.

Dramaturga do próprio eu,

Provando as vaidades,

Enaltece o coração,

E dele só sente a paixão.

Victoria Santin
Enviado por Victoria Santin em 26/05/2024
Código do texto: T8071564
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