Passagem pela Terra

A vida é um retalho de panos coloridos, que aquecem no frio e refrescam no calor. No intervalo das duas estações, cansaço e refazimento na brandura do tempo.

Alegria e tristeza é um direito de sentir. Vida em morte e morte em vida. A cada um cabe o que lhe é permitido, pela vontade, ou não de seguir. Natureza integrativa, pés são tomadas elétricas da vida na terra atribulada, e um tanto quanto esquecida.

A máquina é ligada ou se apela à desprezá-la na eutanásia consentida. Cheiro de incenso de Massala, custa a queimar, ou Palo Santo que se apaga sem sequer anunciar.

Somos todos fumaça efêmera, que logo em cinza tornará. Misturados ao ar, vento que em toda parte está., Mesmo quando esse lugar, na existência neste plano despercebido é por nós.

Assim, nesse local estrelado, encenamos nossa arte como astros divagando no eterno, esperando a nossa vez na fila, e que se abram as portas do Universo!

Na unidade que tornamo-nos, a individualidade desaparece. Assim é assim as luzes continuam acesas, aqui e onde quer que seja. Nunca deixaremos de ser o verbo num eterno estado de estar, diminutas centelhas atômicas do Eu que sendo o Sou, jamais deixará de amar.

Renatah Estrelas