Passagem pela Terra 

 

A vida é um retalho de panos coloridos, que aquecem no frio e refrescam no calor. No intervalo das duas estações, cansaço e refazimento na brandura do tempo. Alegria e tristeza é um direito de sentir. Vida em morte e morte em vida. A cada um cabe o que lhe é permitido, pela vontade ou nao de seguir. Natureza integrativa, pés são tomadaz elétricas da vida na terra atribulada, tanto quanto esquecida. A máquina é ligada ou se apela à desprezá-lá na eutanásia consentida. Cheiro de incenso de Massala, custa a queimar, ou Palo Santo que se apaga sem sequer anunciar. Somo todos fumaça efêmera que logo em cinza tornará. Misturados ao ar, vento que em toda parte está, mesmo quando esse lugar é nenhum. E assim, nesse plano estrelado, encenamos nossa arte, como astros divagando no eterno, esperando a nossa vez na fila, e que se abram as portas portas do Universo! Na unidade que tornamo-nos, a individualidade desaparece. E assim é que as luzes continuam acesas, aqui e onde quer que seja. Nunca deixaremos de ser o verbo num eterno estado de estar, diminutas centelhas atômicas do Eu que sendo o Sou, jamais deixará de amar.

Renatah 

Renata P Lopes
Enviado por Renata P Lopes em 30/04/2024
Reeditado em 05/05/2024
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