🔴 Entre meias e gravatas
O filho mais novo do Lula foi acusado de agredir a esposa. O silêncio foi, com perdão do oxímoro, ensurdecedor. Entretanto, o presidente não poderia deixar passar em branco, portanto, tomou uma atitude. Imbuído de poder presidencial e, talvez, pensando na vantagem de ser o “grande líder”, vestiu meias com estampa da pintora mexicana Frida Kahlo. Pronto. Com este simples gesto, o nosso mandatário “resolveu” o problema da violência às mulheres, acenou às feministas e, secretamente, avisou ao filho que o “pé-de-meia” está garantido.
Alguns dias atrás, morreu Joca, o cão. O animal morreu durante transporte aéreo, Lula entrou em ação: vestiu uma gravata em homenagem ao cachorro. Pronto. A primeira-dama, Janja, que sugeriu a gravata, “pegou rabeira” e também explorou a morte canina. Sabendo que o bichinho despertou uma comoção pública, ela convocou um constrangido ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Infelizmente, o óbito do “golden retriever” foi usado para atenuar a queda de popularidade e inoperância do casal.
Temos um presidente que decide providências assim que abre o guarda-roupa. Sim, sei que medidas cosméticas são obras de marqueteiro. No entanto, a maldade não pode ser suficiente, são necessárias maldade e inteligência para fazer com que algo que apenas preserva sua imagem, pareça beneficiar a todos.
Seria baixo o gasto com publicidade, se ficasse apenas no vestuário, mas têm também as mídias (televisão, rádio, jornal, revista, internet etc). Porém a propaganda de baixo orçamento exige um indisfarçável movimento de exibição, para um efeito eficaz — Lula levantou a barra da calça para ostentar a meia da Frida Kahlo.
A gravata com desenho de cachorrinho e a meia da artista feminista fizeram efeito. Para quem não quer ou não pode fazer nada (Lula), esses acenos atingem em cheio algumas mídias de comunicação que espalham a propaganda oficial, aqueles que sempre foram vítimas do estelionato lulista e os distraídos.