Perda
A perda derrama sobre a pele a lágrima contida do abandono esquecido.
Como um leite derramado do peito que amamenta o bebê faminto.
A dor da perda chora os tempos perdidos, escassos no fim de um dia de sol.
Na porta a janela reflete o rosto cansado, ainda pálido do dia de ontem.
As horas passam e o tempo escoa na ilusão dos minutos.
Hoje o coração calmo, mas entristecido embala a alma que ainda chora a solidão da espera que ecoa no canto da vida.
Vejo o tempo na pele do meu corpo que enruga a cada dia no vão do esquecimento.
Memórias flutuam na mente que refaz a razão da consciência na tempestade da vida diária.
Olho para fora, lá na janela e vejo o mar!..
Tenho uma tristeza no peito que não consigo decifrar e nem entender! É como água gotejando em pedra! Um dia fura...
Faço e refaço os passos, construindo novos caminhos.