Perda

A perda derrama sobre a pele a lágrima contida do abandono esquecido.

Como um leite derramado do peito que amamenta o bebê faminto.

A dor da perda chora os tempos perdidos, escassos no fim de um dia de sol.

Na porta a janela reflete o rosto cansado, ainda pálido do dia de ontem.

As horas passam e o tempo escoa na ilusão dos minutos.

Hoje o coração calmo, mas entristecido embala a alma que ainda chora a solidão da espera que ecoa no canto da vida.

Vejo o tempo na pele do meu corpo que enruga a cada dia no vão do esquecimento.

Memórias flutuam na mente que refaz a razão da consciência na tempestade da vida diária.

Olho para fora, lá na janela e vejo o mar!..

Tenho uma tristeza no peito que não consigo decifrar e nem entender! É como água gotejando em pedra! Um dia fura...

Faço e refaço os passos, construindo novos caminhos.

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 23/04/2024
Código do texto: T8048094
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.