Maria Enrolada
Estudávamos a dialética. Todos os conceitos básicos ao seu fim falam que a dialética é contradição, tensão, luta de contrários. Fiz uma pergunta ao professor que tinha ver com a dialética materialista de Marx:
- Se a dialética é o diálogo da contradição, da luta de contrários, tensão, e a dialética materialista de Marx argumenta e acredita que o homem faz (cria) seu ser (essência) a partir das condições materiais da existência, como pode que a dialética materialista de Marx seja mesmo uma dialética se a condição material já está posta e nela não há contradição? A não ser que fosse dialética enquanto dinâmica real. Ou ainda a partir da dialética Hegeliana, pois para Hegel o real é racional, o racional é real.
O professor ficou me olhando com quem ia pegar um pau e me bater por fazer um pergunta cabeluda dessas e por fim sem nem me responder começou a conceituar a dialética a partir da Grécia antiga e de alguns pensadores.
No final da aula quando comentei que não tinha a resposta de minha pergunta ele me disse que eu mesma ia encontrar a resposta a partir do momento em que eu entendesse a dialética e seus diversos desdobramentos.
Eu pensei, pensei e pensei a respeito do que é a dialética: arte do diálogo da contradição. Concluí que : a dialética materialista de Marx é um diálogo onde ele argumenta, diz que o homem cria sua essência a partir da condição material em contradição com outras teses que dizem que a essência vem do divino, e de não sei mais o que lá... E concluí que a condição não tem nada a ver com a dialética, mas faz parte do argumento de Marx, de sua tese a respeito do materialismo.
Ai, ai. Hoje vou ter de ver se essa minha conclusão está correta ou não... Acho que me enrolei toda na dialética materialista de Marx... Tomara o material não seja contagioso... Porque sou mais do divino... rsrsrs...).
Postado em 01 de março de 2010 em meu blog pessoal.