ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(1) **Repensando a Educação Sexual na Perspectiva Cristã**

Os ensinamentos religiosos tradicionais enfatizam a importância de seguir as instruções parentais para evitar tentações sexuais, conforme Provérbios 1:8-9: "Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe". No entanto, uma análise contemporânea sugere a necessidade de uma abordagem mais fundamentada em princípios lógicos e psicológicos.

Contrariando esses ensinamentos, é essencial que os jovens sejam incentivados a desenvolver sua própria capacidade de discernimento e autonomia moral. Como o filósofo John Locke argumentou, "A liberdade de pensar e agir de acordo com a razão é o que distingue um homem de todas as outras criaturas".

A juventude não deve ser vista como sinônimo de loucura e vaidade, mas como um período de potencial para a construção de um mundo melhor. Como Paulo escreveu em 1 Timóteo 4:12, "Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza".

Em vez de enfatizar a memorização de conselhos, é mais produtivo promover uma educação sexual abrangente e baseada em evidências. Como o educador Paulo Freire afirmou, "Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante".

Em vez de utilizar exemplos bíblicos para ilustrar a importância de seguir ou ignorar conselhos parentais, podemos recorrer a estudos contemporâneos que demonstrem a influência do ambiente, da educação e do apoio social na tomada de decisões dos jovens.

Em suma, é fundamental reconhecer a importância do diálogo aberto, da educação inclusiva e do empoderamento dos jovens. Como Provérbios 22:6 instrui, "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele".