🔴 Um frango de paletó
O jornalista da GloboNews, Valdo Cruz, nos presenteou com um momento “vergonha alheia” que ficará marcado por vários carnavais. Ainda não sei se devo agradecê-lo por me fazer gargalhar ou amaldiçoá-lo por fazer algo tão desprezível.
O profissional surgiu no estúdio fantasiado e dançando um frevo. De início, aquilo foi tão horrível que eu custei a acreditar que aquela cena estava acontecendo; mas, logo depois, achei tudo aquilo triste, esteticamente estereotipado, de humor forçado e desnecessário. Valdo Cruz é sem graça — ele já deveria saber disso ou algum amigo deveria ter avisado —, por isso, a, digamos, entrada humorística saiu nada autêntica.
A GloboNews vem querendo implantar um bate-papo mais espontâneo, humanizado e informal. No entanto, o resultado do conjunto é a militância política, as gargalhadas ao noticiar acontecimentos ruins aos adversários (como quem diz “se deu mal”), os esforços edulcorantes de “passar um pano” para o governo federal e a iníqua manipulação a fim de realizar uma engenharia social ao seu gosto.
Isso tudo escancara a tresloucada atitude da emissora imitar a internet (sua concorrência). A GloboNews pode até fingir que nem se preocupa com o fantasma da internet, dizendo que seu concorrente é outro canal de notícias; entretanto, talvez o maior erro seja não reconhecer quem é o seu maior inimigo e sua força.
Os debatedores e apresentadores, querendo ser mais importantes que a notícia, é fatal, além da perda de credibilidade, porque o fato é tratado como algo menor. Esse tipo de jornalismo que a GloboNews tem “cometido” prescinde de carisma, portanto, a transmissão ganha conteúdos dramáticos e espanta e causa uma desconexão com a audiência, como no episódio protagonizado pelo corajoso Valdo Cruz. Uma das causas disso é uma bolha, na qual jornalistas frequentam as mesmas festas, encontram as mesmas pessoas, todos concordam e elogiam todos e, lógico, ninguém critica ninguém.
Valdo Cruz pertence àquela nova categoria profissional: o jornalista trans — que se sente jornalista, mas é militante (extrema-esquerda militante de redação). Ou, os que mesmo prejudicando a carreira, mentem a favor do Lula: os “jornalulistas”. Mas há uma categoria vergonhosa, que qualquer pessoa se esforçaria para não manifestá-la: os “jornazistas”. O neologismo é bem apropriado para ilustrar aquele sujeito que não consegue segurar a manifestação que entra em erupção, expondo tudo o que era mantido escondido no porão de sua alma: daí surge um desejo intrínseco de assassinato, decapitação, agressões e outras maneiras de demonstrar ódio a Bolsonaro.
No seu esforço para parecer engraçado, Valdo Cruz conseguiu, no máximo, imitar um frango de paletó. E, acredite, isso é o melhor que ele pode fazer.
⚫️ Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem
(Santo Agostinho)
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Gazeta Explosiva