Fahrenheit 451 e a CONA(I)

Fahrenheit 451 é um romance distópico, escrito por Ray Bradbury (1920-2012). A história se passa numa época não determinada onde os livros são considerados um mal para a sociedade e a função dos “bombeiros” é queimá-los.

O nome “Fahrenheit 451” é a temperatura considerada ideal na história para queima dos livros.

Foi produzida uma adaptação para o cinema em 1966 e uma refilmagem em 2018.

No Brasil não temos determinação do governo para queimar livros, mesmo porque eles ainda servem para disseminação de pautas “progressistas” que, em vez de conduzir a população para frente, intelectualmente falando, na verdade visam levá-la de volta a pré história da civilização na pior das hipóteses ou sendo “otimista”, a um estágio em que as pessoas percam a capacidade de pensar, como já está acontecendo, e se tornem apenas um rebanho conduzido por uma elite oportunista e tirânica, num sistema já bastante conhecido nos regimes comunistas.

Para as pessoas que costumam dizer que o Comunismo nunca existiu e não existe no Brasil, repito um trecho do “Manifesto Comunista” de Marx e Engels:

“Acusai-nos de querer abolir a exploração das crianças por seus próprios pais? Confessamos este crime.

Dizeis também que destruímos os vínculos mais íntimos, substituindo a educação doméstica pela educação social. E vossa educação não é também determinada pela sociedade, pelas condições sociais em que educais vossos filhos, pela intervenção direta ou indireta da sociedade por meio de vossas escolas, etc? Os comunistas não inventaram essa intromissão da sociedade na educação, apenas mudam seu caráter e arrancam a educação à influência da classe dominante.”.

Para esse propósito temos a CONAE - Conferência Nacional de Educação – ou poderíamos dizer CONA(I) - Conferência Nacional de Imbecilização, que visa o controle do Estado sobre a mente dos professores e alunos.

Um população esclarecida é mais difícil de ser dominada.

Segundo sua estrutura, a CONA(I) 2024 se desdobra em sete “eixos”, onde fica claro a inspiração de um ser “angelical” cujo principal propósito era enviar muitas pessoas para o céu, como realmente fez Mao Tsé-Tung:

“De onde vêm as ideias corretas? Caem do céu? Não. São inatas dos cérebros? Não. Só podem vir da prática social, dos três tipos de prática: a luta pela produção, a luta de classes e os experimentos científicos na sociedade. A existência é sócia do povo e determina seus pensamentos.”.

Esse pensamento é a síntese da mente doentia dos comunistas em geral, senão vejamos:

- ideia corretas – Mao partiu do princípio que suas ideias eram corretas, consequentemente as que eram diferentes das suas seriam “descartadas”;

- prática social – orientada externamente ela é inválida e não construtiva. Ela deve ser espontânea;

- experimentos científicos na sociedade – essa expressão deixa claro que o psicopata pretendeu tratar a população da China como ratos de laboratório;

- existência – é decorrente do processo de relacionamento social, porém sendo dirigida “de cima” ou “de fora”, como pretendido por Mao, é uma “existência” artificial que servirá apenas para cumprir um propósito de dominação.

Sabemos bem que a interferência do governo na Sociedade invariavelmente produz efeitos colaterais, mesmo quando feita com as melhores das intenções, porém quando essa interferência faz parte das ações de um governo nitidamente mal intencionado, o resultado só pode ser o pior possível.

Independente de qualquer projeto adicional, a dominação do Brasil pelo Pensamento de Esquerda há décadas já produziu resultados visíveis.

É fácil perceber a nossa volta pessoas de níveis variados de estudo que não conseguem entender o que leem, elas não têm capacidade de associar o que está escrito com os fatos ou ideias que o texto menciona. Quando escrevem seus textos são um amontoado de frases sem conexão entre si e sem conexão com a realidade.

Levando em conta que nosso campo de avaliação é muito restrito e pessoal e portanto pode não representar a realidade, podemos expandi-lo a nível de administração pública e imprensa e termos uma visão talvez mais precisa.

Nunca a miséria intelectual esteve tão visível entre políticos, integrantes do governo federal e na imprensa como atualmente. A partir daí, diante da constatação que a população encara essa situação com normalidade, podemos deduzir que o Conhecimento, que nunca teve muita importância para nós brasileiros, perdeu totalmente seu valor.

Cumprido integralmente o propósito de destruição de mentes em andamento, no qual a CONA(I) é apenas mais um instrumento, num futuro não muito distante, teremos no Brasil uma situação em que os livros não precisarão ser queimados como no filme citado acima, porque as pessoas não saberão para quê eles servem e eventualmente os que folheá-los perceberão apenas um amontoado de letras sem sentido.

Em outras palavras, em se anulando completamente o interesse pelo Conhecimento, os livros e tudo que está registrado em textos de várias categorias, como artigos, cronicas, poemas, etc., perderão completamente sua relevância.

Sem dúvida, em se tratando de “a realidade imita a ficção”, estamos indo “muito bem”, para satisfação dos canalhas que nos governam.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 03/02/2024
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