DO CHORO AO RISO
Alguns anos atrás comecei a ficar triste sem motivo aparente, chorava por qualquer coisa e me sentia muito cansada. Contei ao meu médico, que me pediu um exame de imagem de minha tireóide e outro de sangue, chamado TSH. Não deu outra. Minha glândula não produzia hormônio suficiente, daí os sintomas descritos. De lá para cá faço, regularmente, reposição hormonal e me sinto bem. Terei que ingerir um pequeno comprimido meia hora antes da primeira refeição pelo resto de minha vida.
Hoje choro quando algo me atinge, uma perda, por exemplo. Mas não com a intensidade e nem com a frequência de antigamente. Reaprendi a rir e a sorrir mais.
O humor nos salva. Rio de mim, dos outros, do cotidiano, do que não posso mudar. Temos que aprender a rir do que nos faz sofrer. Isso nos deixa mais leves, ai do ser humano que não age assim. Porém, não podemos cair na armadilha do riso fácil, da alegria crônica, nem nos deixar prostrar como as criaturas que vivem de drama e passam a vida fazendo papel de vítimas. Tanto a tristeza solene como a euforia sem fundamento são nefastas.
Equilíbrio, por favor!