E se o outro não estivesse aí?

Também e sobretudo o outro da singularidade, da experiência de ser outro, esse Uno do qual aparentemente fazemos parte. Uma experiência que pode ter sido vivida como a do outro maléfico, apagado, colonizado, incluído. Uma experiência que pode ter sido vivida como a de não estar bem sendo o que se é, pois alguns nunca são o que deveriam ser, e sabemos que alguém é na medida do desejo dos outros. Preferimos ocupar-nos mais do ideal, como normal, que do grotesco, como humano. Preferimos fazer metástase educativa a cada momento.

 

Nuria Pérez de Lara Ferre. Barcelona, abril de 2002.