Ainda está naquela fase da vida que emagrecer (não) gera loucura
Há um horizonte que nadifica, apequena, desqualifica o real.
Acontecimento como coesão do real, refere apenas efemeridades. Ser virou aparência do ser. Ser se torna um acidente.
Finalidade do devir, emerge algo, uma força se dobra. Ao criar a obra, está criando a si mesmo. Criação (governo) de si como obra de arte.
Acontecimento vira matéria e força virtual de produção de realidade.
Como apreender o abstrato do ponto de vista concreto?
O tempo é real, ele me atravessa, mas onde está o tempo? Você não pega ele com a mão, no entanto, ele é de verdade. Não tem abstrato mais concreto que o tempo. O efeito do tempo é totalmente concreto, no entanto é uma força abstrata. Corpo do fora. Incorporal, metafísico, mas é de verdade.
Emerge algo em mim. Um dentro se faz. Um meio que não separa. Que liga o dentro e o fora. Na fecundação também, une o dentro e o fora numa membrana cheia de vontade de ser dobrada. (Desejantes). Horizonte absoluto da nossa vida. Horizonte de querer a partir do acontecimento e não dentro de um eu, pois esse eu é um efeito de um acontecido em mim. O desejo não começa no eu, o desejo começa no acontecimento que é uma afirmação desejante como uma memória de futuro.
Há uma afirmação no comum sem a qual eu não me singularizo. O comum não é o universal, não é o público. O comum não é onde todos estão protegidos, de modo neutro em segurança. O comum é um princípio de afirmação da minha singularidade. Quanto mais eu encontro o comum, mais me singularizo, mais eu produzo a mim mesmo e só, comum também.
Ser mais inédito
Mais imprevisível
Mais interessante
Mais criadores de nós mesmos e de realidade.
Mais diferenciadores da nossa diferença.