Surf na Ribeira Grande - Alicerces

Alicerces (II Parte)

A inauguração das ‘obras de requalificação urbanística da Praia de Santa Bárbara, a 21 de Junho de 2008, inauguraria um novo capítulo na História do Surf na Ribeira Grande (na Ilha e nos Açores). Segundo a nota que a autarquia enviou aos meios de comunicação social, Santa Bárbara era ‘a maior praia dos Açores para a prática do surf.’ Ao certo, em que medida aquela requalificação beneficiou o surf? Estimulou a reestruturação de uma associação de Surf a quem a modalidade (em grande parte) deve a sua visibilidade e crescimento. E (além disso) selou a aposta da Câmara da Ribeira Grande pelo Surf. Nessa mesma ocasião, ‘no pequeno edifício de duas divisórias, servindo uma de escritório, e a outra, ao arrumo de pranchas e de fatos,’ era assinado um protocolo entre a Associação de Surf de São Miguel (representada por João Brilhante Oliveira e Paulo Ramos de Melo) e a Câmara Municipal da Ribeira Grande (representada por Ricardo Silva e Marco Sousa). Cá fora, um letreiro identificava a associação. Ainda nesse ano (ou no seguinte) seria instalada uma câmara (a primeira da ilha, ligada ao site Surf Report) que daria aos surfistas a oportunidade de poderem ver (de longe) como estavam ‘as ondas na praia.’ O que levou a Câmara a promover aquele protocolo? ‘O Surf é hoje, nos Açores, uma modalidade desportiva em grande desenvolvimento. Tendo em consideração o potencial da ilha e em particular da costa norte da mesma, acredita-se que a Associação de Surf de São Miguel vem potenciar a modalidade.’ A ASSM comprometia-se a promover ‘(…) cursos de formação para a prática de Surf, de forma a implementar um conceito ajustável ao desempenho do Surf,’ a facultar ‘pranchas de Surf (…),’ a realizar ‘provas de Surf com o objectivo de promover os valores da amizade e camaradagem, através do convívio entre os praticantes da modalidade’ e a ‘promover campanhas de sensibilização e limpeza das praias.’ Nesse mesmo dia, ao longo da tarde, de um dia cinzento e chuvoso, começaram as ‘aulas abertas de Iniciação ao Surf (Teórica/Prática) (…).’

A quem se destinavam as aulas? ‘Como ação social eram crianças da Ribeira Grande, também havia aulas para quem se inscrevia, inclusivamente turistas que queriam experimentar e aprender.’ Quem ensinava surf? ‘De início o João principalmente e eu [Paulo Melo, ambos trintões], depois alguns dos antigos alunos de João Brilhante [Luís e Paulo Sousa, João Victor Melo e João Almeida, todos na casa dos vinte].’ João Victor explica: ‘Trabalhámos com miúdos do Bandejo e do Bairro de Santa Luzia. Mais de trinta ou quarenta.’ Quando e como eram as aulas? ‘Principalmente de verão, apareciam grupos de miúdos a pedir e lá íamos, na praia de Santa Bárbara com predominância em horários de maré baixa, conforme os fundos de areia. Também tivemos muitos turistas a pedir aulas de surf, com pranchas da associação.’

Como é que se chegou aí (Câmara e ASSM)? Sabia-se (pela comunicação social e pelo passa a palavra entre surfistas) do interesse do (há pouco eleito) presidente da Câmara (Ricardo Silva) no desenvolvimento do litoral da cidade e do Concelho da Ribeira Grande. Tanto assim era que, passados escassos meses após a tomada de posse da nova Câmara, a Revista Municipal de Maio de 2006, divulgava a intenção da autarquia em avançar ‘antes da abertura da época balnear’ já ‘com a primeira fase do projecto de requalificação da zona balnear do areal de Santa Bárbara, [e veja-se] considerada a melhor e a maior praia dos Açores para a prática do surf (…).’ Aliás, naquela praia de Santa Bárbara, a 20 de Maio de 2006 a Câmara já patrocinara um encontro de Bodyboard e iria a patrocinar um segundo a 8 de Julho. Uma parceria com a ‘Wave Tribe Azores’ (W.T.Azores). Seria um circuito que (idealmente) teria tido três etapas (segundo apurei, porém, a terceira, a ter lugar nas Milícias, por falta de ondas ou outra razão que não me souberam indicar, acabaria por não se realizar). A notícia refere-se a ‘Santa Bárbara,’ como ‘a melhor praia dos Açores para a prática do Surf.’ As provas eram da responsabilidade daquela associação sem fins lucrativos que havia sido fundada em 1999 e que pretendia ‘dinamizar o Bodyboard no arquipélago dos Açores.’ Era (no género) ‘pioneira na Região na projecção do Bodyboard tendo como projecto a implementação de um circuito Regional com provas a serem realizadas nas melhores ondas existentes nas praias açorianas.’ Ao que apurei, dela faziam parte, um grupo que ‘andava pelas Milícias.’ O responsável seria Bruno Corvelo, conhecido por o Graciosa. Vive actualmente nos Países Baixos. Talvez (também) o Ricardo Ferreira que trabalha no Café Clipper. Tiago Matos (que vive no Continente). E ainda Ivo Baptista.

Por estas alturas, vendo a oportunidade que poderia trazer ao surf, alguns dos surfistas (mais esclarecidos) que frequentavam os ‘areais’ da Ribeira Grande desde a década de oitenta, por iniciativa própria ou a pedido do próprio Presidente, ter-lhe-ão dado razões (mais do que suficientes) para apostar no surf. Deveria fazê-lo pelo interesse social e económico que daí resultaria. Houve várias conversas, uma destas, decisiva, foi a que teve com Luís Melo. De Ponta Delgada mas tendo feito a pré-primária e a primária na Ribeira Grande, ‘diz na brincadeira que é mais da Ribeira Grande do que muitos daqui,’ habituado a surfar na Ribeira Grande, além do mais, de 2000/1 a 2004 estivera a ensinar surf em Rabo de Peixe (primeiro envolvido num projecto da Kairos depois noutro do Clube Naval de Rabo de Peixe): ‘Epá...essa conversa é famosa...foi no dia em que foi feita a apresentação do projecto das obras de requalificação. Para que conste, não fui lá convidado...fui fazer surf e ele estava lá com todo o aparato camarário...no final ficamos os dois a conversar quase uma hora sobre tudo o que podia ser feito relativamente ao surf...foi uma boa conversa.’ Luís era conhecido pela sua co-autoria e participação no programa Alta Pressão (da RTP/Açores) – programa que divulgou várias modalidades nas diversas ilhas, entre as quais o Surf. Depois desta conversa, se calhar já em 2007, Paulo Melo fez-lhe uma proposta que (ajudaria) a mudar a História do Surf na Ribeira Grande (e na Ilha). Paulo nasceu em 1971 em Ponta Delgada. Ia (igualmente) surfar nos anos oitenta a Rabo de Peixe e aos areais (da Ribeira Grande). Como chegaste ao surf? ‘Foi um processo natural porque sempre tive ligação com o mar. Pratiquei vela desde muito novo e o surf surgiu durante esse período porque tinha acesso a filmes de surf, que me serviram de referência, desde os mais clássicos, onde também o skate e o skimming estavam muito presentes. Em São Miguel não tínhamos onde comprar pranchas, skates ou fatos de surf. No início dos anos 80 a minha avó trouxe-me dos Estados Unidos um skateboard, depois construi a minha primeira prancha de skimming e de surf. A partir daí foram aparecendo umas pranchas que vinham do continente ou de algum estrangeiro que cá deixava a sua prancha. Só no final dos anos 80 tivemos as primeiras pranchas à venda, numa loja em Ponta Delgada [André Jamé]. Quanto a regras de surf aprendi cedo, num livro de uma edição americana.’ Fora sócio do Clube de Surf de São Miguel (de 1989). Foi estudar para o Continente (português) e ficou depois a trabalhar entre Lisboa, Algarve e Açores. Vinha à Ilha nas férias. Surfava sempre que ia aos Açores e (também) surfava no continente. Quando regressou? ‘Fui ficando por períodos cada vez mais longos, mas é a partir de 2007 que me fixo mais em São Miguel.’ De regresso ‘achei que faltava associativismo e formação a vários níveis, bem como era necessário evitar que o surf crescesse de uma forma menos sustentável como vi acontecer em algumas zonas no continente. Achei que era também um modo de tornar mais difícil os decisores interferirem com os spots de surf, se lhes dedicássemos mais visibilidade e valor. A ASSM [Associação de Surf de São Miguel] apenas tinha uma comissão instaladora em 1995, nunca tinham sido eleitos órgãos sociais e, portanto, estava inativa, embora o João [Brilhante] já tivesse feito trabalho junto dos mais jovens na Ribeira Grande.’ Diga-se que Brilhante, desgostoso pela (má) experiência que tivera no tempo da vereação anterior e (magoado, por aquilo que considerara ser um aproveitamento do seu trabalho) afastara-se. Até o Paulo Melo ir desafia-lo a ‘operacionalizar’ a ASSM, havia-se mantido (a milhas) da Ribeira Grande. De novo Paulo Melo: ‘O que eu fiz, em primeiro lugar, foi garantir o processo constituição da ASSM e eleição dos órgãos sociais, e em segundo lugar garantir também um espaço que servisse de sede para a ASSM, com infraestruturas para apoio à formação e desenvolvimento sustentável do surf. Para isso reuni com o presidente da Câmara da Ribeira Grande Ricardo Silva e com o Vice-presidente [José] António Brum, para informar dos spots de surf existentes naquele concelho e o seu potencial, e convencer da importância de termos um espaço de apoio ao surf na praia de Santa Bárbara, através de um protocolo entre a ASSM e a CMRG. Pouco tempo depois, o Presidente Ricardo Silva ligou-me a dizer que aceitaria avançar com o protocolo e que iria ceder um dos módulos das instalações da praia de santa Bárbara, que estavam em início de construção. Assinamos esse protocolo com a empresa municipal Ribeira Grande Mais.’

Logo a 10 de Janeiro de 2008, a ASSM pede uma sede na Ribeira Grande: ‘Visto que o Concelho da Ribeira Grande possui o maior potencial da Ilha de S. Miguel para a prática do Surf, nomeadamente as zonas de Calhetas, Rabo de Peixe, Santana, Santa Bárbara, Monte Verde e outras, como por exemplo Maia, consideramos oportuno a instalação da sede desta associação nas novas infra-estruturas da praia de Santa Bárbara (…).’ Onze anos antes disso, em entrevista a um jornal, João Brilhante (que surfava desde 1983 e que aqui vinha desde então) à pergunta de ‘quais são os locais com melhores condições para surf,’ respondia: ‘São as praias do Monte Verde e de Santa Bárbara, na Ribeira Grande.’ Aí havia ‘as mais belas ondas para o túnel.’ ‘Na Ribeira Grande temos um bom palco que são as ondas, mas não há público para assistir às provas. Na praia do Pópulo, há público mas as ondas não são consistentes, há poucos dias no ano com ondas boas. Isto faz com que os patrocinadores não apostem neste desporto.’ E já ultrapassavam a Ilha: ‘as ondas da Ribeira Grande já são conhecidas no estrangeiro. Isso em 1997.

Provavelmente na Assembleia-Geral do dia 28 de Fevereiro de 2008, a Associação de Surf de São Miguel, ‘com o objectivo de manter em actividade os surfistas de São Miguel e ensinar as técnicas do surf, e do salvamento às diversas escolas da costa Norte, e não só, à Ilha de São Miguel,’ elege uma direcção para os dois anos seguintes. O Presidente da Direcção (em reconhecimento do seu trabalho pioneiro) é João Brilhante. Pretende-se ‘realizar provas na Ilha, sem esquecer as escolinhas de surf.’ Igualmente pretende-se ‘avançar com a actividade do Bodyboard, que tem o maior número de adeptos.’ Paulo Melo fica com a presidência da Assembleia-Geral. Dando representatividade à Ribeira Grande, o vice-Presidente da Direcção foi Luís Paulo Medeiros Sousa, que fora aluno de João Brilhante. Bruno Medeiros Brum, que viveu os seus primeiros anos na Ribeira Grande e nunca deixou de estar ligado à (sua também querida) terra, um dos primeiros a surfar na Ilha e sobrinho do lendário Carlos Garoupa, faz parte da Assembleia-Geral: ‘Aprendi aos 19 anos [1981-82] na Praia da Riviera, na Terceira. Estava na Força aérea. Com um excelente surfista norte-americano chamado Kenny Ayes e outros da Terceira. Vi o filme ‘Os três amigos’ [Big Wednesday, 1978] que me aliciou para o surf. E à minha geração. Cá, ia surfar com o Chico Melo, Vítor da Espelhadora, o Armindo, o Luís Português, o Zé Minhoca, o João Brilhante, o Marco Sousa, o Pedro Violante e o irmão. E outros. A Maria João Palhinha foi das primeiras senhoras.’

E (tanto quanto sei) pela primeira vez nos Açores, são organizadas provas oficiais: tanto a nível nacional como regional. A primeira prova a nível nacional de Surf decorreu de 19 a 21 de Setembro de 2008 tendo por palco o recém-remodelado Areal de Santa Bárbara na Ribeira Grande. Nesta prova, Paulo Sousa (formado por João Brilhante e ‘instrutor’ da segunda leva) faria (como se diz na gíria jornalística) História. Que pretendiam com as competições? ‘Um dos nossos objetivos era a organização de um campeonato regional e também trazer uma etapa do campeonato nacional aos Açores. Co-organizamos uma etapa do campeonato nacional de surf em 2008 e organizamos um circuito regional com 6 etapas de surf e 6 de bodyboard em 2009. Etapa do nacional nos Açores concretizou-se em parceria entre a ASSM a empresa DAAZ eventos.’ O Rodrigo Herédia foi ter contigo? ‘Se bem me lembro, durante uma surfada no Pópulo, o Rodrigo Herédia, que era responsável pela DAAZ eventos, falou comigo para propor co-organizar uma etapa do nacional. Avançamos com esta parceria.’ Herédia fora à Câmara da Ribeira Grande propor a realização de uma prova. A conversa impressionou, sobretudo quando Herédia disse que ‘havia e há potencial por todas as razões, quer pelas ondas e condições naturais, tais como a temperatura do mar e os acessos que há principalmente na Ribeira Grande quer pela localização geográfica que permite o mercado europeu e norte-americano vir com facilidade. O factor ilha também cria sempre nos atletas uma vontade de conhecer novos destinos. Era altura dos Açores e em especial a Ribeira Grande aproveitarem os recursos naturais e darem-lhe visibilidade, e com isso obter uma mais-valia em termos de desenvolvimento económico local e também salvaguardar e preservar esses mesmos recursos!’ Sendo isso dito não por qualquer um mas por um campeão nacional e europeu de Surf, bem relacionado no mundo do surf, foi decisivo. Quem é Rodrigo Herédia? É continental e nasceu em 1971. De 1978 a 1981 viveu na Ilha Terceira. Na década de noventa foi campeão nacional e europeu. Em 1998 ficou em 6.º lugar a nível mundial. Tinha (e tem) uma empresa que promovia eventos. Começa a vir a São Miguel em 1988. Vinha normalmente fazer surf no verão. Acabaria por comprar uma casa aqui e a passar a estar mais regularmente na Ilha. Para alcançar apoios, havia apenas de se associar a uma associação já existente da modalidade. Com quem a Câmara já estabelecera (ou dentro em breve iria faze-lo) um protocolo. Diz o Presidente: ‘Veio ter comigo para se organizar uma competição de surf a nível nacional, no ano seguinte foi a nível internacional.’

A 15 de Outubro de 2008, a ASSM data um plano de aulas para a sua Escola de Surf. Onde se inclui preços de aulas e de materiais. Em Dezembro de 2008, cumprindo o acordado no protocolo, a ASSM entrega à Câmara da Ribeira Grande o seu plano de actividades para 2009. Nesse mesmo mês, nascia a USBA. Uma outra associação de surf e de bodyboard. Na sequência de uma reunião tida a 16 de Janeiro, a 19, a ASSM pedia à Câmara da Ribeira Grande para lhe dividir o espaço da sua sede em três: um espaço para guardar material, outro destinado à sala de trabalho e de reuniões (para este pedia-se uma estante, um armário de arquivo, uma secretária, um computador e ecrã para data show) e um terceiro a que chamou de Cantinho da Pequenada, como o nome indica, destinado aos filhos dos sócios. Pede apoio na criação de uma página da internet. Refere de novo a sua intenção de abrir uma escola da Surf. Cumprindo um plano que traçara, em 2009, a Associação de Surf de São Miguel promove um circuito de seis etapas de Bodyboard e de outras tantas etapas de Surf. A primeira etapa foi a 14 de Fevereiro e a última a 31 de Outubro. Em concreto, ‘foram realizadas provas em Santa Bárbara, Monte Verde, Maia, Pópulo, Mosteiros. Não conseguimos realizar em Santa Maria.’ Que objectivos tinham? ‘(…) Um dos objetivos era a formação e nessa formação, para além das aulas de surf, incluímos a formação de um quadro de juízes capazes de assegurar a organização das provas de nível local, regional e nacional. Era importante que as nossas etapas tivessem já juízes federados, por isso trouxemos formadores de juízes e demos cursos de formação de juízes pela primeira vez nos açores.’ As provas, apoiados por entidades públicas e privadas, mereceram cobertura mediática por parte da RDP/Açores, da RTP/Acores, de jornais locais e nacionais e da SURF Total (um site de notícias de Surf).

A terminar um ano de protocolo, a 3 de Julho de 2009, no prazo previsto, João Brilhante pedia a renovação do protocolo (assinado em a Agosto de 2008) por mais um ano. Ciente de que a autarquia tinha queixas acerca do desempenho da ASSM em Santa Bárbara, apresenta uma solução: ‘A partir de 1 de Julho até 15 de Setembro a sede estará aberta diariamente pois temos a colaborar connosco nesse sentido o Luís Sousa (vice-Presidente da ASSM), Ribeira Grandense, surfista da primeira geração formada por esta Associação. Ele não só dinamizará a sede durante este período, como dará continuidade ao Projecto de Acção Social, ensinando gratuitamente Surf aos jovens carenciados da zona. A Acção Social foi sempre uma das apostas fortes da Associação de Surf de São Miguel, não só com o objectivo de criar hábitos desportivos nos jovens em idade de risco, mas também para uma consciência ambiental pelo íntimo contacto como mar.’ Assim sendo, a autarquia daria mais uma oportunidade. O despacho do Presidente (datado 17 de Julho de 2009) foi o seguinte: ‘Vamos prorrogar por mais um ano,’ mas, ‘reforçando, porém, a ideia, que eles devem dinamizar de uma forma mais veemente o espaço.’ Dias depois, Paulo [Luís] Sousa, vice-Presidente da ASSM, pede mais apoio: ‘No seguimento do nosso projecto de Acção Social ‘Surf para todos,’ a decorrer na Praia de Santa Bárbara e do Monte Verde, vínhamos solicitar que nos cedessem um apoio no valor de 1500 euros, quer para a criação de um seguro desportivo, quer para aquisição de mais material técnico, nomeadamente pranchas e fatos de surf, napas publicitárias e tendas de apoio, pois devido à grande afluência de jovens o material que temos disponível não tem sido suficiente.’ O despacho datado de 4 de Agosto é no sentido de, ainda que não se feche as portas para o futuro, não satisfazer para já o pedido: ‘Que se dê uma abertura para o futuro. Este é um ano difícil e pouco mais temos a fazer num mês e tal de praia.’

Que futuro teria a ASSM? Doravante, como parceira para as provas nacionais e internacionais, a DAAZ iria escolher uma outra associação que fora (entretanto) fundada em Dezembro de 2008: a USBA. Porquê? Vamos tentar saber?

Areias – Rabo de Peixe (Concelho da Ribeira Grande) (continua)

Mário Moura
Enviado por Mário Moura em 11/01/2024
Reeditado em 26/06/2024
Código do texto: T7974122
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