FEMINISMO?

Quanto menos as mulheres dependem dos homens, mas o ódio se estabelece em suas relações. Se, no passado, havia dependência do homem, como trabalhador fabril, e, portanto, aquele que trazia o dinheiro para casa, assim como também da mulher que fazia o trabalho doméstico, mesmo que para algumas, à contragosto, havia ali, uma união. União essa que um dependia do outro.

Com o avanço da industrialização do capitalismo, cada vez mais dependemos menos do trabalho doméstico, e cada vez menos os homens influem no trabalho em casa, seja trocar uma lâmpada, seja consertar o carro, ou trocar a torneira do banheiro que danificou.

Com o aumento do serviços, e, portanto, deste tipo de trabalho sendo cada dia mais atribuído a homens em que não se precisa ter algum tipo de proximidade afetiva, a emoção feminina se afasta, portanto, dos homens.

Com o incremento do feminismo pós-moderno, que é bem diferente do feminismo liberal ou marxista, percebe-se um ataque à masculinidade. O "macho escroto", termo expresso por mulheres - radicais - nas redes sociais, tem se tornado corriqueiro. Pega-se um caso, seja de um estuprador, dominador, etc, e começa-se, aos poucos, a generalizar para todo tipo de homem. A "paranoia" social se instala, o homem é visto como um inimigo, mal-caráter, privilegiado, dominante, carrasco.

Este tipo de mudança social, que retirou o patriarcalismo como força dominante e agora atribui a todo e qualquer homem a culpa pelos problemas femininos, tem se tornado preocupante, sobretudo, porque o diálogo é suspenso, o pensamento é mais baseado em crenças que na realidade, o julgamento condenatório se torna algo fascista e essa forma - radical, contestadora, e revoltada - tem se tornado ponto comum entre algumas mulheres.

O centro da opressão - que antes era claramente atribuído a exploração dos trabalhadores fabris, ou das trabalhadoras domésticas - foi deslocado para o discurso de poder. Culpa de Foucault e seu conterrâneo: Derrida.

Quem ganha com isso são os donos do capital, que continua explorando, com baixos salários, desarticulação dos sindicatos, retirada dos direitos civis necessários uma boa qualidade de vida, enquanto os femininos e masculinos se digladiam.