ANTIFARISEU — Ensaio Teológico IV(17) "A complexidade da moralidade"
No complexo universo da moralidade, a visão simplista de que algumas pessoas se alimentam da maldade, como se fosse sua dieta, pode ser questionada. A Bíblia nos diz: "Porque do coração procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mateus 15:19). No entanto, em uma sociedade contemporânea, é essencial adotar uma compreensão mais empática da natureza humana.
A filosofia nos ensina a considerar as influências sociais, econômicas e psicológicas no comportamento humano. Como Albert Einstein disse: "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana; e não estou seguro sobre o universo" . Em vez de rotular indivíduos como malévolos, devemos considerar essas influências.
A metáfora bíblica que compara a maldade ao ato de comer pão pode ser reinterpretada para destacar a influência do ambiente e das experiências de vida na formação do caráter humano. Como disse o filósofo Abhijit Naskar: "Não há religião melhor que o amor, nenhuma cor melhor que a cor da felicidade e nenhuma linguagem melhor que a linguagem da compaixão".
Em vez de preconizar a exclusão total de indivíduos considerados "ímpios", devemos promover a compreensão e o diálogo. A orientação para "ficar longe dessas pessoas" reflete uma postura intolerante e limitada. Em uma sociedade diversificada, é essencial buscar o entendimento mútuo e buscar soluções que promovam a coexistência pacífica.
Em última análise, a abordagem crítica e analítica nos permite desafiar concepções ultrapassadas e buscar um entendimento mais profundo da natureza humana. O progresso social e moral exige uma abordagem mais complexa e compassiva, afastando-nos de visões simplistas e rígidas sobre o bem e o mal. Como disse Anatole France: "É da natureza humana pensar sabiamente e agir de forma tola".