A ignorância não impressiona mais

Tivemos uma “presidenta” que se tornou famosa por sua facilidade em falar “abobrinhas”. Ela não consegue falar uma frase sem que sintamos vergonha por ela.

Dentro do limite do que pessoas com um mínimo de cultura poderia considerar razoável, ela nunca poderia governar nem um carrinho de cachorro quente, contudo governou um país-continente.

Como era de se esperar, pelo processo de dessensibilização diante do obscurantismo que estava em curso, a situação só poderia piorar, como de fato piorou.

Hoje temos não só um presidente que fala absurdos “a queima roupa”, como toda sua equipe que já se mostrou composta de analfabetos funcionais que não têm noção nem da função que deveriam estar exercendo e se limitam a fazer farra com o dinheiro público.

Mas nossa triste situação intelectual não fica “só” no serviço público, recentemente uma apresentadora da Rede CNN afirmou em duas ocasiões diferentes que o Chile e Equador não ficam na América do Sul e que na nossa bandeira está escrito “Independência ou Morte”.

Parece-me que na CNN e os expectadores da rede não se importaram com a incapacidade da apresentadora para a função e talvez para qualquer função em que um mínimo de cultura seja pré requisito.

Numa época em que os valores e as noções tradicionais estão sendo combatidos ou no mínimo desprezados, muitos dirão: “Qual é a diferença? Tanto faz.”.

A diferença é que, exceto talvez os países que são grandes produtores de petróleo, nenhum outro se tornou rico e proporcionou bem estar para a população sem antes esta adquirir um nível cultural elevado.

Nós somos um exemplo de como um país naturalmente rico pode atravessar os séculos mantendo a população na pobreza e no atraso material, porque historicamente sempre desprezamos o Conhecimento.

E com o desprezo total atual pela Cultura, é possível que soframos um retrocesso no nosso crescimento económico e cheguemos perto de países que ainda estão em situação miserável como Cuba e Venezuela.

A própria noção vigente de que um governo composto de pessoas de nível intelectual muito baixo possa agir positivamente na elevação do nível cultural da população porque direciona verbas para “eventos culturais” politicamente convenientes, mostra a pobreza cultural vigente.

As pessoas que têm essa visão de Cultura são as mesmas que não veem nenhum mal em ter uma “presidenta” com disfunção cognitiva, um presidente semianalfabeto que faz apologia à ignorância, na gafe da referida apresentadora da CNN, em um deputado dizer que o Brasil faz fronteira com o México, ou outro dizer que o presidente da Argentina é o Macron ou ainda uma ministra do Meio Ambiente dizer, “É como se estivéssemos lançando nano mísseis o tempo todo na atmosfera, que estão mudando as regularidades cósmicas".

Estamos num estágio evolutivo reverso em que as pessoas não só não se importam em conviver com a ignorância alheia como não se envergonham de expor publicamente a sua própria.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 02/12/2023
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