🔴 Alexandre e o Hamas
Qual é a semelhança entre o ministro do STF (Superior Tribunal Federal) e o grupo terrorista? Sua tirania ensaia uma trégua quando liberta alguns “reféns” com vida. Mas as semelhanças se resumem a isso. É inacreditável, mas o grupo terrorista, que esboçou alguma Humanidade, cumpriu o acordo: libertou reféns em troca do cessar-fogo israelense.
Quando a ministra Rosa Weber, em sua despedida da presidência do Tribunal, fez menção a Alexandre de Moraes, lembrou-me uma telemensagem (dada a breguice e bajulação). O que a ministra disse continha, implicitamente, uma cumplicidade e ironia, porque ambos sabiam que o que era dito não relatava a realidade. Alexandre, em evidente constrangimento, exibia um semblante amarelo, um sorriso nervoso e envergonhado, quase implorando para Rosa encerrar o que ela julgou ser uma homenagem.
Rosa Weber: “Ministro Alexandre de Moraes, companheiro indefectível de andanças, jamais recusou um dos meus convites para visitar unidades prisionais, e me tornou testemunha do apreço que os detentos têm, e as detentas, por sua excelência. Rezamos juntos, convidados pelos detentos de 8 de janeiro, e depois percorremos diversas celas, tanto da Colmeia, quanto da Papuda. E o ministro Alexandre foi aplaudido. Eu, não, ministro Alexandre. Também provou, né [a comida]. Enfim, ministro Alexandre é... insubstituível”.
Ora, embora meu histórico demonstre o contrário, acho que se alguém me ameaçasse com uma faca no pescoço, eu até rezaria o terço para me deixarem viver. Tendo a vida poupada, ainda diria “Deus lhe pague”. Portanto, creio que foi nessas condições que o “Supremo” mereceu as demonstrações de fé: o medo.
No dia seguinte à morte de Cleriston, preso político, Alexandre de Moraes foi condecorado com a Ordem do Rio Branco, por Lula, Mais uma vez, o togado fez o máximo que a culpa lhe permitiu: exibiu um sorriso amarelo. Certamente, uma análise das micro-expressões transbordaria sinais irrefutáveis de conflito entre o que é dito e o acontecido.
Alexandre de Moraes mostra, depois de elevado ao cargo poderoso, uma mudança de índole assustadora, contraditória ao que ele falou e escreveu. Por exercer um poder que lhe foi concedido (portanto, resume-se a um pedaço de papel assinado), não a um poder inato, “Xandão” é um manancial para qualquer psicólogo.
Enfim, para o “Supremo ministro” se igualar ao Hamas, falta o “cessar-fogo”.