CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico IV(2) "Uma Nova Perspectiva sobre a Educação Religiosa”
A visão dogmática e inflexível da Bíblia sobre a responsabilidade dos pais na transmissão da doutrina religiosa aos filhos pode ser questionada sob uma luz mais contemporânea e inclusiva. A diversidade de crenças e valores na sociedade atual exige uma abordagem mais aberta e respeitosa.
Em vez de recorrer a passagens bíblicas, podemos adotar uma perspectiva mais secular e humanista. Por exemplo, ao invés de afirmar que "os pais piedosos não são homens confusos ou tímidos", podemos enfatizar a importância do diálogo e da empatia. Como disse o filósofo contemporâneo Jürgen Habermas, "o diálogo é a base da compreensão mútua".
Em vez de citar figuras religiosas antigas como Moisés e Josué, podemos recorrer a exemplos contemporâneos que enfatizam a liberdade de escolha e o respeito à diversidade religiosa. O Dalai Lama, por exemplo, defende que "cada indivíduo deve ter o direito de escolher sua própria fé".
A ideia de que "os verdadeiros pastores riem da conspiração" pode ser desconstruída, ressaltando a importância do respeito à liberdade de expressão e ao pluralismo de ideias. Como o escritor Salman Rushdie afirmou, "a liberdade de expressão é a base de uma sociedade livre".
Em resumo, ao refutar a ideia do autoritarismo paterno, podemos adotar uma abordagem mais inclusiva e respeitosa. A educação religiosa deve ser guiada pelo respeito mútuo e pela compreensão, em vez de uma rigidez autoritária que desconsidera a pluralidade de visões na sociedade contemporânea. Como o filósofo Karl Popper afirmou, "devemos aprender a viver juntos como irmãos ou perecer juntos como tolos".