🔴 Quem lacra não lucra
As propagandas apenas precisam vender. Porém, o medo do cancelamento e de ser associado a alguém que propague algo identificado como “discurso de ódio”, bem como a “obrigação” de seguir algumas agendas, criou algumas amarras que limitaram a criatividade.
Duas dessas amarras são as agendas 2030 e ESG. A Agenda 2030 lembra uma propaganda do PT, ou seja, promete coisas fofinhas impossíveis de cumprir. Entretanto, é o terrorismo ambiental que é o principal. A data para “salvar a Humanidade” é 2030.
ESG —“Environmenmtal, social e governance” (meio ambiente, social e governança). Além do sequestro imediato por uma ideologia oportunista, obedecendo os mandamentos ESG, a empresa tem seus movimentos restritos a determinada cartilha. Nas mãos da diretoria ou da turminha do marketing, seguir os mandamentos do ESG pode ser bonitinho, mas termina sendo catastrófico.
‘Bud Light’ cerveja. Mais fraca que a bebida, só a propaganda. Alguém teve a infeliz ideia de colocar um travesti tomando a bebida que é muito consumida pelo sujeito com o perfil “caminhoneiro”. A ideia da inclusão é válida, mas o “mercado” não entende isso, portanto, é cruel. Resultado: as vendas despencaram e o produto é ignorado pelo consumidor.
Alguém no ‘Bradesco’, tentando decifrar a mente dos jovens, querendo parecer “engajado” nas questões ambientais ou simplesmente “pagar de moderno”, contratou algumas influenciadoras para ensinar a Humanidade como viver. Cheias de razão e de si, elas recomendaram que as pessoas comessem menos carne. Conclusão: para um banco que fomenta o setor agropecuário, isso foi “um tiro no pé”.
O automóvel ‘Polo’, da Volkswagen, “derrapou”, achando que tinha que sinalizar para o politicamente correto, colocou um casal do mesmo sexo como consumidor do carro. Tudo bem, mas é claro que o dono do carro ficaria estigmatizado. A turminha, despejada no mercado de trabalho, disseminando os malefícios da doutrinação escolar, não contente em destruir o lançamento de um veículo, atuou na imprensa militante, chamando o fracasso de: “ataque homofóbico”. Foi uma solução semântica, embora ilusória, para um programa real, já que o mercado não é politicamente correto.
Recentemente, o “youtuber” Felipe Neto passou a recomendar o chocolate ‘Bis’. Porém, antagonizando tudo e todos, ele não suportou a quantidade enorme de inimigos que se voltaram contra ele. Pior, a marca de chocolates sofreu um boicote pesado. Pior ainda, a marca concorrente ganhou um inesperado e gratuito impulsionamento. Como “convite” para a empresa se afastar da influência do influenciador, foram divulgados dois “posts” que o “youtuber” avisava dos malefícios causados pelo consumo de chocolate industrializado. Conclusão: por preguiça de não pesquisar o garoto-propaganda, doutrinação escolar ou “lacração” o departamento de marketing errou feio, então, o que seria apenas uma campanha de incremento das vendas, precisará de uma estratégia de reposicionamento da marca.
Alguns produtos já erraram tentando ditar regra. “Lacrar” é como ficou conhecido esse método, e esse verbo e os desastrosos resultados inspiraram a frase: “Quem lacra não lucra”. Com o tempo e os erros ficou claro que, por exemplo, uma lanchonete tem a obrigação de fritar hambúrgueres, não de promover a engenharia social.
Ato deliberado da diretoria das empresas ou ingerência de um departamento de marketing militante? A direção da empresa, mais madura, procura atrelar sua marca a números pujantes; frutos da doutrinação escolar, esses “zumbis” invadem o mercado de trabalho e, com campanhas desastrosas, levam à bancarrota empresas. Em ambos os casos, a marca é induzida ao erro.
Para uma empresa, qualquer sinalização de virtude é apenas uma estratégia para obter maiores lucros e ainda parecer bacaninha, moderninha, limpinha, legalzinha...