Relato 63) - Santo Daime: Terra do Sol - Trabalho de Cura do Padrinho Sebastião - (02/09/2023)

NOTA: Esta igreja fica em Mairiporã-SP (@terradosolreal), tem seus fundamentos na doutrina do Santo Daime, mas não é filiada ao Cefluris (Centro Eclético da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra). É uma igreja independente.

 

Fomos eu e a esposa.

Segundo a previsão do tempo, não iria fazer frio nesta noite, mas sabemos como é na floresta, rsrs.

Na parte de baixo não coloquei a meia calça de lã (mas levei, rsrs). Na parte de cima não coloquei a segunda pele (esta não levei).

O trabalho iria começar às 20:00, por isto saímos às 19:00.

Desabou uma chuva torrencial na hora de sairmos, com muitos raios e trovões, mas claro, fomos assim mesmo, rsrs

A chuva continuou caindo forte durante todo o trajeto, mas com muita atenção e confiança chegamos sem problemas (só na última curva-cotovelo na subida tive que parar o carro para achar a curva, rsrs)

Chegamos às 20:20 e o trabalhou começou às 21:20

Músicos posicionados e fila para o daime.

Daime bem apurado, rsrs. Copinho cheio.

Começamos com o hinário Oração do Padrinho Sebastião.

Quando chegou no hino 'Eu não sou Deus, mas tenho uma esperança...', a força já veio chegando junto com aquele frio absurdo.

No final de algum hino fui até a minha mochila, peguei a meia calça de lã e fui para o banheiro vesti-la.

Que dificuldade, rsrs. Os movimentos já estavam bem lentos, com a consciência transitando entre outras moradas de Nosso Pai.

Voltei para e igreja, coloquei a blusa de lã e por cima da camiseta de manga comprida e uma jaqueta daquela com gominhos e voltei para o trabalho.

Sentei e já comecei a trabalhar, cedendo totalmente a consciência para os seres do astral, e então eu já não conseguia mais cantar.

Antes de começar o hinário Cura 1, do Padrinho Sebastião, foi feita a chamada para o segundo despacho do daime, bem na hora em que o primeiro estava no pico.

"Fui" para a fila, conduzido por outra consciência.

Como eu havia decidido após o último trabalho, este segundo despacho seria copinho cheio, ao invés de segunda risca, como eu vinha fazendo.

O irmão que serve o daime já colocou na segunda risca, mas o ser que estava me atuando pediu para colocar mais.

Voltei para o meu lugar e começou o hinário Cura 1. É lindo demais este hinário.

Não enjoei em nenhum momento, mas quando a mente se manifestava com sede e eu ia beber água, eu tinha dificuldade em voltar para a corrente. Mas me firmei e voltei direitinho, sem enjoar, rsrs

Levantei muitas vezes para beber água (não deixo a garrafa de água perto, senão a mente fica inventando sede toda hora, me tirando do trabalho)

Durante todo o hinário um dilúvio caía lá fora, e os seres que estavam trabalhando através de mim comemoravam aquela manifestação divina cheia de raios e trovões.

Entre um hino e outro, eu tinha a mania de abaixar a cabeça, mas como Ele, o Próprio Deus disse no último trabalho, "Nunca mais abaixe a cabeça para Mim". Toda vez que minha cabeça ia abaixar ele pegava no meu queixo e a levantava, Sorrindo.

Não foi fácil segurar com firmeza este segundo daime, que me levou para um estado de consciência no astral que até então em nunca havia experimentado.

Os seres trabalhavam através de mim com amor e alegria, meu corpo estava entregue ao seu comando. Faziam com as minhas mãos coisas incríveis, lindas, sorriam em mim um Sorriso que não é deste mundo. Eu mesmo já não existia.

Trabalho de Cura do Padrinho Sebastião é um trabalho bem forte, pois os hinos chamam este poder.

Hinos de despacho e mais um despacho do daime. Não fui, pois ainda estava bem forte este segundo daime na minha consciência.

Começou uma seleção linda, que não estava no hinário (quando tem uma seleção à parte, eles imprimem e deixam na mesa do livro para os irmãos acompanharem)

Não consegui pegar a seleção para cantar, pois estava imerso em outras dimensões, trabalhando.

Começou então a parte 2 do hinário de Cura.

Senti sede e fui beber água, mas desta vez fui firme. Foi bem legal: aquela parte de mim que tem sede (medo, isto sim, rsrs) disse "Não quero mais fazer isto. Chega! Cansei de ser assim". Bebi agua e voltei firme para o meu lugar.

No final de um hino, ia abaixar a cabeça mas Ele, o Próprio Deus levantou minha cabeça e disse "Meu soldadinho", e Riu, rsrs.

Deus rindo comigo! Que mágico. Depois de me chamar de soldadinho disse Sério "Você sabe o valor que você tem!"

Alguma parte de mim quis chorar, mas me perfilei. Senti que aquele que queria chorar é esta parte de mim que dá uma de coitadinho, mas nunca faz nada para conhecer o Deus Verdadeiro. É aquela parte que quer ficar só na superfície do que Deus É.

Muitos hinos poderosos nesta parte 2 do hinário. Segurei com firmeza esta força.

No hino "Eu vou me levantar com a ajuda do Senhor, peguei a minha espada foi para guerrear", esperei para ver se como sempre acontece, de olhos fechados eu olho para cima, vejo várias espadas e pego uma.

Não é um movimento voluntário, eu esperei para ver o que ia acontecer.

Este hino é cantado 3 vezes.

Ele Disse: "Canta! para merecer", Cantei poderosamente no astral (quando canto no astral não ouço a minha própria voz) e quando Cantei "Esta força quem me deu foi o Mestre Juramidam, para eu me levantar com a espada na mão", olhei para cima e vi as espadas. Peguei uma e trouxe junto ao peito, trabalhando com ela.

Sinto o peso dela, mas não sinto meu corpo.

Em algum hino bocejei, a mão direita pegou este bocejo e segurou. Depois mais outro bocejo, que a mão esquerda segurou. Aí o ser me levantou e foi lá na chuva soltar estas coisas.

Seria cantado então o Cruzeirinho, do Mestre Irineu. O comando da casa fez mais um despacho do daime. Pensei em ir mas não fui, pois gosto de cantar esta parte.

Cantei os hinos, inebriado de alegria e amor, ainda rindo com Deus, me chamando de "soldadinho", rsrs

Cantei com louvor. Não tenho fôlego para cantar, mas na Força parece que tem um caminhão de oxigênio no meu peito, rsrs

O trabalho foi se encaminhando para o final, com os hinos de encerramento.

Missão cumprida, abracei os irmãos que estavam ao meu lado e fiquei em pé nos fundos da igreja.

Como sempre acontece, logo que o trabalho termina eu não consigo chegar perto da esposa. A força em mim já está se esvaindo, mas ela continua vibrando muito forte. Sinto de longe.

Sempre espero uns 15 minutos para poder chegar perto dela. Se chego antes, fico como aqueles pólos opostos dos imãs, rsrs.

Ela também trabalhou bastante, pois de vez em quando eu olhava para ela, para ver se ela estava bem. Ela sempre está bem, kkkk

O trabalhou terminou às 02:00 e não estava mais chovendo.

Voltamos tranquilamente, pela bela Estrada de Santa Inês, que corta a floresta.

Comemos algo e fomos dormir.

Dormi daquele jeito: sei que o corpo está dormindo e não consigo me mexer, sinto a respiração e o corpo pesados, mas minha consciência está acordada, entre algum lugar do Céu e da Terra.

De tarde deitamos de novo, mas dormi deste mesmo jeito, rsrs.

A noite dormi como um humano mesmo, kkkk

O próximo trabalho que vou será a Gira de Erês, no dia 15/Outubro.