ATUALIZE CONTOS E HISTÓRIAS JUVENIS
Este trabalho visa enfatizar as características das personagens dentro da ação a partir de um conto (de fadas) escolhido pelo discente. A teoria do conto faz parte da teoria geral da narrativa. É parte dos modos de narrar as representações dramáticas da realidade objetiva ou da "realidade" fantástica. Consiste numa sucessão de acontecimentos de interesse do leitor, harmonizados a partir de uma ação central. Os acontecimentos podem ser reais ou ficcionais.
O contar, do latim computare evoluiu da oralidade para os registros escritos da história. O conto de fadas usa recursos criativos fantasiosos, de modo a motivar a imaginação enquanto representação construtiva que ajuda a criança a melhor se posicionar na realidade. Segundo Vladimir Propp, formalista russo, em sua obra de 1928 a Morfologia do Conto: "O contar faz parte do cerimonial, do rito, está vinculado a ele e à pessoa que passa a possuir o amuleto verbal, um meio de operar magicamente o mundo".
A liberdade desse tipo de narração ganha motivações as mais diversas, o autor dele cria fenômenos e representações narrativas conforme as sugestões, as mais variegadas, do imaginário. Há muitas tentativas de atualização do conto maravilhoso da oralidade medieval, as formas de transportar suas personagens e situações ao contexto de vida moderno. No conto de Pedro Bandeira, "Um par de tênis", há uma simplificação excessiva da narrativa clássica "A Gata Borralheira". Nele, Caroline, uma menina pobre, com nome de princesa, ganha um par de tênis da amiga Simone, para ir a uma festa na casa de Marilu, a garota mais rica da escola, filha do dono da panificadora.
A escolha deste conto não foi aleatória, desde que este discente estuda a possibilidade de vir a escrever histórias infantis e juvenis que sejam representações adaptadas dos contos clássicos ao modo de vida das crianças e adolescentes neo-pós-modernos, globalizadas pelas atuais mídias, incluindo a Internet. Utilizar a linguagem poética do imaginário do conto de fadas para definir e analisar o comportamento de seres humanos num mundo mecanizado que coisifica as pessoas: este desafio por si mesmo justifica a inserção desta atualização do conto Cinderela, de Pedro Bandeira, nesta monografia.
1. INTRODUÇÃO
1.1. A FUNÇÃO SOCIAL DAS
NOVAS NARRATIVAS
DE ENCANTAMENTO
De todas as classificações sugeridas e adotadas pelos estudiosos brasileiros e estrangeiros, optou-se por reunir os contos populares em grupos primários simples, segundo os temas a que estão associados:
Contos de encantamento: correspondem aos contos de fadas, estórias de carochinha, caracterizados pelo elemento sobrenatural, miraculoso, maravilhoso. Exemplos: O Papagaio Real, As Três Velhas; Cinderela, João e Maria, Branca de Neve; A Bela Adormecida, Os Sete Corvos; A Filha de Nossa Senhora, as estórias de As Mil e Uma Noites; Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho; O Gato de Botas, João e o pé de feijão.
Esses contos, segundo Bruno Bettelheim, têm uma base para compreender que há grande diferença entre as pessoas e que, por conseguinte, uma pessoa precisa fazer opções sobre quem quer ser, de que lado da história quer ou pode ficar, segundo suas conveniências. Afinal, eu sou eu e minha condição.
Os conflitos internos profundos que possuem origem nos impulsos primitivos e emoções violentas são negados, ou esnobados, por grande parte da literatura infantil escrita pelos autores da modernidade. Eles não ajudam as crianças a lidar com a realidade. A realidade mudou, e muito, nesses séculos que nos separam das narrativas de Charles Perrault, dos Irmãos Grimm, de Hans Anderson.
O homem chegou a lua, fotografou galáxias distantes, enviou satélites artificiais para ficarem em órbita de planetas fora do nosso sistema solar. A tvvisão, os quadrinhos, os jogos virtuais das novas mídias, a Internet, a velocidade de Fórmula Um das imagens que se reproduzem na mente das crianças, modificam a maneira de percepção do mundo por elas.
As crianças crescem segundo várias outras motivações, bem diversas daquela cultura dos séculos anteriores ao desenvolvimento tecnológico desvairado da segunda metade do século XX. A compreensão do mundo desvenda para todos que a violência e a ultraviolência são as principais motivações da sociedade pós-moderna e neo-pós-moderna.
A complexidade do mundo se desvenda a olhos vistos todos os dias nos jornais nacionais da vida das pessoas da sala de jantar, expostas à complexidade das influências de conteúdos e significados de uma realidade completamente diversa da realidade social do século XIX. A criança, tal como o adulto, sente-se insegura, uma vez engajada nas fantasias perniciosas dos heróis modernos dos seriados de tv e da "lan house" dos jogos ultraviolentos dos shoppings e da quadra onde moram.
Agora o que faz sucesso é o besterol sem pé nem cabeça de Harry Potter. Nele a violência não é tão exagerada e desmedida como nos jogos tipo "Doon" e outros semelhantes. Neles a ultraviolência é mostrada para ser copiada, imitada pela realidade que os programas tvvisivos, que reproduzem a realidade e a ficção de uma sociedade desvairada, reproduzem.
Se naqueles tempos mais antigos de Charles Perrault, dos Irmãos Grimm, de Hans Anderson, as crianças já sabiam o que significava para elas o medo de suas realidades internas, hoje, com certeza, elas sabem que ela é muito mais inaceitável do que era. As crianças "viajam na maionese" de uma série de motivações criminosas, reproduzidas em jogos virtuais, que as esvaziam de outros significados para a vida que não sejam os de conseguir "um lugar ao sol do consumo" a qualquer preço. Seus heróis morrem de overdose, seus inimigos são todos os outros coleguinhas que a cercam. Essa é a realidade do mundo feral das motivações virtuais. Atuais.
Em consequência, o jugo emocional dessas motivações virtuais as faz odiar os pais, os parentes, os amigos, tentando, desde muito cedo, superá-los no jogo de perde/ganha onde tudo vale desde que lhes sobre alguma grana, o máximo possível, para consumir a maior quantidade de mercadorias à venda nos supermercados do todo poderoso chefão da sociedade de consumo: o senhor Mercado.
Para isso também elas se transformam em mercadorias que consomem outras mercadorias. E elas odeiam e odiarão isso, por mais bem sucedidas que sejam em suas carreiras de profissionais liberais correndo inutilmente em busca paralela de algum valor que as faça sentirem-se gente. Humanas.
Quais serão os novos paradigmas das novas histórias de encantamento para um novo mundo onde o império dos sentidos está voltado para as atrações do consumismo? Que futuro será reservado para as crianças do século XXI que estão bem no meio do "olho do furacão" desse sistema político e financeiro-econômico que se envaidece de tornar essas crianças verdadeiros bólides do consumo de mercadorias, tornando-as elas mesma, mercadorias de consumo no mercado de trabalho cada vez mais inflacionado por uma concorrência desleal, que as torna vítimas emocionais de uma padrão de sobrevivência para Frankenstein nenhum botar defeito?
Que julgamento elas terão de seus pais e das gerações anteriores a eles, que reservou para elas essa realidade de pessoas com uma destinação demencial para jogadores de futebol e participantes de Big Brother Brasil?
Os novos autores de contos de encantamento terão de desencantar suas mentes plugadas em futebol, micarina, hambúrguer e Coca-Cola. É uma tarefa e tanto, essa, dos novos escritores de contos de ficção para o público consumidor de histórias de encantamento infanto-juvenis
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. "UM PAR DE TÊNIS"
Simone e Caroline tinham a mesma idade, 16 anos, moravam na periferia, na mesma quadra. Estudavam a noite na mesma escola e trabalhavam em fábricas vizinhas. Iam direto para as aulas depois do trabalho. Sentavam juntas no mesmo banco de ônibus. Saltavam no ponto final e ainda caminhavam meia hora antes de chegar a pé na escola.
Caroline descobre que tem nome de princesa ao ler a manchete de um jornal que um sujeito sacolejava ao lado do banco onde estavam sentadas. O título da notícia dizia: “Princesa Caroline casa-se em segredo”. Caroline começou logo a sonhar com um futuro dourado que confiava atingir, dizendo a Simone:
— Eu tenho nome de princesa, o meu nome é o meu destino!
— Ora, deixe de sonhar feito uma boba, Caroline. Você vai acabar feito eu, apaixonada por um “office-boy”... Por um Márcio como o meu. Só um Márcio como o meu vai botar os olhos em você...
— Nada disso, Simone. Um dia vai aparecer o meu príncipe... Vai olhar bem fundo nos meus olhos... Ah, que sorriso lindo que ele vai ter! Vai chegar pertinho, bem delicado, gentil como os príncipes devem ser...
Caroline gostava de sonhar. Simone a alertava para que não confundisse sonho com realidade:
— Ah, Caroline! Deixa de bobagem. Isso só acontece nas novelas. Você nem tem tempo de assistir televisão! A gente acorda, trabalha, vai para o colégio e volta para casa com a língua de fora, tarde da noite, louca para comer alguma coisa e dormir logo, para acordar no dia seguinte, ir para a mesma maldita fábrica, ouvir as mesmas broncas do maldito encarregado, fazer que não ouve as cantadas sujas que ele sempre fala quando não está dando bronca, trabalhar como uma burra empacotando tênis de luxo...
— Nossa, Simone, que coisa horrível ! Não vai ser assim, não. Você vai acabar casando-se com o Márcio. Ele é muito legal, é trabalhador. Você mesma disse que ele vai passar para a linha de produção, agora que já fez dezoito anos...
O diálogo entre as duas continua neste ritmo: uma, Caroline, sonhando, a outra, Simone, tentando manter os pés da amiga no chão. Dia seguinte encontram-se no ponto de ônibus, como era de costume. Entraram no veículo e agarraram-se aos balaústres, quando recomeçaram os diálogos do dia anterior. Simone perguntou:
— Como é? Já pediu alvará para ir a festa da Marilu?
Caroline responde que a bruxa da madrasta nunca vai deixar. Simone reage:
— Você vai a festa, Caroline! Eu falei com os meus pais. Daqui a pouco minha mãe vai à sua casa convidar seu pai e sua madrasta para jogar cartas no sábado. Estão convidados para chegar lá de tarde, meu pai garante que segura os dois até a meia-noite. Vai até comprar cerveja. Você está livre, menina!
— Simone, você é maravilhosa! A “fada madrinha” adverte a amiga:
— Mas trate de voltar antes da meia-noite. Meu pessoal não garante segurar seu pai e sua madrasta até muito mais tarde.
Caroline, a “Gata Borralheira” desta história, lamenta mais uma vez que não poderá ir à festa na casa de Marilu, alegando não ter vestimenta apropriada. Simone resolve o problema prometendo emprestar à amiga um “jeans” novinho, e algumas bijuterias da mãe dela e uma blusa rosa de seda, “que é um estouro”. Ela promete maquiar a amiga, dizendo que a mesma vai ficar linda. Caroline retruca que, ainda assim, não poderá ir por falta de um tênis:
—Você já olhou para eles? Simone responde:
— Há dois anos eu olho para eles, Caroline...
Resumindo: os pares de tênis com defeito são vendidos aos funcionários da fábrica em que Simone trabalha por preço bem baratinho. Ela, em troca de um beijo no encarregado, Xavier, um sujeito de hálito ruim e boca asquerosa, ganhou dele um par de tênis com defeito para dar à Caroline, de maneira que ela pudesse ir à festa de aniversário de Marilu. Mentiu para a amiga dizendo que comprara o tênis por um preço muito bom.
Caroline, a “Cinderela”, tinha de voltar antes da meia-noite, ou a madrasta lhe reservaria muitos castigos. Em plena festa seu coraçãozinho bateu forte quando seu olhar e sorriso cruzaram com o olhar e o sorriso de um rapaz. Paixão à primeira vista. Dançaram muito. Beijaram-se. Ela sentiu-se umedecer, inebriada com os lábios nos lábios do rapaz. Seu príncipe encantado havia acontecido. Estava ali, dançando com ela na festa de Marilu. Ela perguntou-lhe as horas. Ele, olhando o relógio por sobre o ombro:
— Que horas? Meia-noite...
—Meia-noite! Meu Deus! Preciso ir!
Caroline correu, sem sequer explicar a contento o porquê. Atravessou o jardim correndo. O rapaz ficou sem ação:
— Espere. Espere um pouco! Como é o seu nome? Onde você mora? O rapaz chegou até o lugar onde Caroline tropeçara e lá encontrou um pé de tênis. Quis devolvê-lo, mas Caroline havia desaparecido na noite.
No outro dia a “Cinderela” contou para a amiga Simone que havia dançado com um garoto dos sonhos. Uma perfeição. Disse que sabia que um dia ele ia aparecer. Afirmou à amiga seu nome de princesa, ela tinha estado nos braços de seu príncipe encantado. Perguntou-se e à amiga, o que ele iria pensar se soubesse ser ela tão pobre ? O que um garoto rico como ele, que tem de tudo, ia querer com uma garota como ela ? Simone tentou contemporizar:
— Ora, Caroline, você não deve pensar que...
— Não, Simone. Chega de sonho. Eu vivi meu sonho lindo, mas agora está na hora de pôr os pés no chão. Ele não é para mim...
Simone calou-se por saber que a amiga tinha razão em manter os pés no chão. Caroline falou que havia perdido um pé de tênis. Simone sorriu. Afinal seu sacrifício, ao beijar a bocarra do Xavier, sentir o seu mal hálito, valera a pena.
3. CONCLUSÃO
3.1. A NOVA REALIDADE
O conto questiona a ilusão, o aspecto ilusório dos contos de fada. Aqui não há nenhuma entidade fantástica que apareça para Caroline e a transforme numa princesa. Não há uma carruagem produzida a partir de uma abóbora pelos encantos de uma fada. Nem tampouco ratos de porão transformados em cavalos magníficos que puxam a diligência de Cinderela antes das doze badaladas da meia noite. Sapos não se transformam em príncipes.
Há a exposição de uma realidade nua e crua. A partir da qual uma garota dá o primeiro passo no caminho da prostituição. Beija a boca fedida de Xavier em troca de um tênis com defeito de fabricação. Ela também tem um "defeito de fabricação social": Ela é pobre.
Para as garotas pobres o futuro é incerto, e vai se construindo, passo a passo, rumo a caminhos muito estreitos com que se deparam. Simone havia concedido um beijo pelo par de tênis da amiga. Em seguida, que haveria mais de conceder ao Xavier ou a outro chefe, em troca do quê, da próxima vez? E se o garoto “riquinho” descobrisse, posteriormente, que o tênis pertencia a Caroline? Como se desdobraria a relação deles? Ela, deslumbrada, ele, como se aproveitaria das condições sociais precárias da moça?
Neste conto de valor sociológico atual, Pedro Bandeira fornece ao leitor a possibilidade de “cair na real”. É evidente que ele não desmerece as conotações e os sentidos subjacentes. Nem as considerações subjetivas das versões da “Borralheira”, a exemplo da de Perrault e a dos irmãos Grimm, dentre outras mais atuais.
Simone representa a amiga e fada madrinha. O par de tênis é o passe metafórico para a entrada (e a saída) do baile onde ela vai encontrar um “príncipe”, ou seja: um garoto “rico” (em relação a ela), um filho da pequena burguesia periférica. As deduções e inferências de caráter psicanalítico ficam apenas num nicho narrativo virtual.
Muitas coisas outras podem vir a acontecer se, por exemplo: alguém poderá dizer a ela o telefone do “príncipe” que mantém em mãos seu pé de tênis. A relação entre os dois seria por demais previsível. Ela deveria se contentar com a realidade do rapaz, que em verdade, era pobre, e andara procurando a dona do pé de tênis através do bairro. O príncipe encantado, quando “caiu a ficha” de sua identidade, confessou-se pobre, pobre demais. Tinha ido à festa porque um amigo lhe havia emprestado as roupas...
Como? Qual o quê! O príncipe encantado dos seus sonhos usava roupas emprestadas?
Como? Qual o quê! O príncipe encantado dos seus sonhos não era filho de um rei?
Como? Qual o quê! O príncipe encantado dos seus sonhos era pobre?
Como? Qual o quê! O príncipe encantado dos seus sonhos... Eram apenas sonhos.
— Agora é com você. Fale, meu amor. O que você me diz?
Caroline olhou-o profundamente dentro dos olhos, procurando vê-lo até a alma. Queria ter encontrado nele (com relação a ela) todo o carinho que sentia por ele, naquele momento, e para sempre...
Sorriu, enlaçou-lhe a cintura e puxou-o para ela:
—Meu príncipe encantado!
A situação problema deste conto está na superação do reconhecimento de que a pobreza não impede a adolescente de gostar de seu "príncipe encantado". Se esse "nobre" fosse realmente de uma classe social mais abastada, a situação, em 99% dos casos seria diversa. Ele a conquistaria, se ela continuasse a demonstrar interesse no namoro, e depois a abandonaria. Depois de usufruir a satisfação dos sentidos, a realização, talvez pernóstica, da sensualidade de uma pessoa de certo "status" financeiro que domina outra de uma condição social inferior, pela necessidade desta, com relação aos recursos que possui.
A situação literária do conto despoja-se de uma dramatização traumática da garota de periferia que, a princípio, imagina que, por ter um nome de princesa, vai realizar um sonho de conto de fadas. Ela supera a situação com maturidade. Aceita a condição de pobreza, sua e do namorado. Essa aceitação fundamenta a moral da história: "Príncipe encantado" pertence ao imaginário das pessoas pobres da Idade Média, que precisavam construir uma subjetividade dramatizada de si para consigo.
A construção desse mundo de fantasia era necessária, na Idade Média, para que os camponeses, que possuíam pequenos feudos, pudessem não se sentir tão inferiorizados com relação aos grandes latifundiários feudais (suseranos), que não permitiam que eles acumulassem bens e riquezas a partir dos contratos de suserania.
Os senhores feudais, reis da Alemanha, França, Portugal, Espanha, Itália, de Castela, de Lion, Navarra e Aragão eram senhores, todos eles poderosos, de muitas províncias, principados e condados. Eles viviam da exploração perversa e covarde dos submissos camponeses que faziam contratos com esses senhores de castelos. Contratos verbais de soberania.
Quando seus subordinados camponeses conseguiam alguma acumulação de bens, os senhores dos feudos sentiam-se ameaçados e tratavam logo de invadir as propriedades dos campônios e matar covardemente pessoas, roubarem animais e saquearem seus depósitos de cereais e grãos, de modo que permanecessem em estado de submissão e pobreza. A dominação social dos senhores feudais era estruturada na convivência dominante dos interesses latifundiários dos príncipes, reis, princesas e da Corte: os moradores dos castelos medievais.
Este é o relato histórico do escabroso problema social posicionado no conto "Um Par De Tênis".