NADA, ABSOLUTAMENTE NADA

 

Nada, absolutamente nada, é importante por si mesmo. Tudo possui a importância que lhe é atribuída. Defrontamo-nos sempre com situações sob avaliação. Fatos e pessoas apresentam muitas facetas. Se nos concentrarmos apenas nas faces consideradas negativas, por certo ocorrerá a rejeição. Porém, se focarmos, ainda que em um único ponto julgado positivo, nossa reação será bem diversa.

 

Isto ocorreria ao avaliarmos pessoas e relacionamentos (amistosos ou amorosos) que com elas podemos ou não estabelecer. Sendo a perfeição apenas uma ideia, ninguém escaparia ileso a uma visão idealizadora, seja ela muito ou pouco crítica.

 

Cada indivíduo tem suas próprias características, diversamente avaliadas por outros indivíduos. A mesma pesssoa pode ser aceita ou excluída, a depender do ângulo e valores de diferentes observadores. Então tudo seria relativo? Se apenas o que se considera "defeito" for levado em conta, a não-aceitação fatalmente ocorrerá e, também conflitos, se a intolerância predominar. Se apenas o que for considerado "qualidade" for observado, acontece a empatia.

 

Aprendemos a julgar por valores que assimilamos, descartamos ou são impostos ao longo da vida. Sermos ou não aceitos dependerá sempre de avaliação externa, muito variável de pessoa para pessoa. Preconceitos são aprendidos, resultando em intolerância e exclusão.

 

A multiplicidade é um fato. A unanimidade de julgamentos é fantasia. Teremos a importância que nos for concedida, por mérito ou não, mas raramente por nós mesmos. Recusarmos pré-estabelecidos padrões (pela tradição, sociedade, religiões, etc.) é grande ousadia e risco. Conviver com a diferença é uma prova do indistinto amor ao próximo.

 

Não por acaso Einstein teria elaborado a "Teoria da Relatividade"...

Fim....

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Lucas Louis Neville Grauthier
Enviado por Lucas Louis Neville Grauthier em 14/08/2023
Código do texto: T7861292
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