Anormalistas
Anormalistas eram os/as que se curvavam no Curso Anormal sendo um tipo de habilitação para o magistério nas séries iniciais do ensino fundamental e por opção, se poderia complementar por mais um ano, o chamado quarto normal, em uma área específica, o que habilitaria a atuar ate a 7ª série, atual 8º ano.
Anormalistas eram pessoas bem educadas, sofisticadas e delicadas que em contato com as classes estudantis, nem sempre tinham as alternativas e as propostas condizentes com as demandas das comunidades. Ele(a)s cursavam a escola anormal, aquela que formava para serem professores (as) nas escolas anormais de todo o país.
Anormalistas descendentes de família da classe média ingressavam na profissão professor (a), pois viam o salário como um complemento para a renda mensal da família ou em alguns casos para garantir um casamento bem sucedido com alguém, pois a profissão de professor(a) era a única aceita. Depois, a profissionalização do professor em cursos anormais passa de necessidade para exigência. Os estudante dos cursos anormais são potenciais professores, em um Brasil carente de profissionais habilitados para exercer funções na área da saúde, da educação e da indústria, mas mantém as mesmas características: prioridade curricular para os componentes das áreas das ciências sociais e humanas; preocupação demasiada com a prática, muitas vezes, sem reflexão e sem teorização; suporte teórico assentado na pedagogia tradicional anormal, desconsiderando outras tendências e paradigmas.