século 21!? E A MULHER AINDA APANHA
Um olho roxo
Numa queda na escada
Depois da primeira
Surgem outras tal qual enxurrada
Mas a boca permanece calada
Busca abrigo
Mas termina consolada
Parece não se importar
Quando é ela mesma
A mal-tratada!
Não vai melhorar
Nunca melhora
E a humilhada
Num canto chora!
Não se pode ter vergonha
De ter apanhado
Em alguns lugares
Existe o ‘APITAÇO’
O grito é possível
Mesmo diante do cansaço!
Qualquer sarjeta é melhor
Do que sentir os estalos do açoite
Do que dormir ensangüentada
Do que não fazer nada!