século 21!? E A MULHER AINDA APANHA

Um olho roxo

Numa queda na escada

Depois da primeira

Surgem outras tal qual enxurrada

Mas a boca permanece calada

Busca abrigo

Mas termina consolada

Parece não se importar

Quando é ela mesma

A mal-tratada!

Não vai melhorar

Nunca melhora

E a humilhada

Num canto chora!

Não se pode ter vergonha

De ter apanhado

Em alguns lugares

Existe o ‘APITAÇO’

O grito é possível

Mesmo diante do cansaço!

Qualquer sarjeta é melhor

Do que sentir os estalos do açoite

Do que dormir ensangüentada

Do que não fazer nada!

Raul Sidarta
Enviado por Raul Sidarta em 16/12/2007
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