Teste de Cooper
Você agenda a instalação do Velox, por exemplo, com a companhia para um determinado dia, no primeiro horário da tarde. Depois você liga avisando que precisa desmarcar por algum impedimento. A menina avisa que realmente estava marcado para aquele dia até ao meio-dia. Você lembra-a de que seria a partir do meio-dia. Ela verifica que você está certo.
Coisas desse tipo, isto é, em que você faz questão de ter e transmitir a informação correta, devem contribuir, acredito, para a postergação da senilidade. Dependendo da idade que você tenha. Proceder com esse tipo de correção deve ajudar de alguma forma a que se fique um pouco mais distanciado do processo de esclerose.
Da mesma forma, sem querer ditar nada ou descobrir a roda de novo, deve-se praticar e perseguir os ideais de justiça, honestidade e correção para que tenhamos maiores chance de ficarmos de bem com a gente e com a vida. E menos doentes. Aumentando a possibilidade de não darmos tanta importância aos “discursos vulgares” e de não ficarmos “esperançosos quanto às recompensas terrenas”, conforme ensina Cícero* em “O Sonho de Cipião”.
Muito embora o que quer que tenhamos praticado mereça certa apreciação, favorável ou não, é pouco provável que ela se transmita a gerações futuras. Por isso, concluo eu, devemos “deixar de lado o julgamento dos outros, ainda que falem sempre a nosso respeito”, valendo-me ainda dos ensinamentos do grande filósofo.
O maior julgamento não vem de fora. Mas se dá no próprio interior. Melhor seria então que corrêssemos pra gente! Ou atrás da gente. Há casos em que talvez devamos correr da gente.
Rio, 14/12/2007
*Marco Túlio Cícero, filósofo nascido em 106 a.C.