Aut inveniam viam aut faciam
Alguns autores preferem empregar o narrador em 3ª pessoa por motivos de manutenção da objetividade. A mim não cabe julgar isso. Eu, por meu turno, prefiro narradores em 1ª pessoa. Porque me parece mais adequado ouvir diretamente da fonte, ainda que altas cargas de subjetividade possam dificultar o acesso direto a qualquer traço de objetividade. O meu interesse está exatamente em chegar até a essência da personagem por meio de minha observação de sua personalidade. Como eu disse (mas possa não ter ficado tão claro quanto os meus leitores possam desejar), é apenas uma questão de subjetividade: a construção da personagem apenas tornará o acesso às suas idiossincrasias mais rápido ou mais lento. Mas de um modo geral poder-se-á chegar ao seu âmago de um modo ou de outro (Você vai ao teu emprego a pé, de carro, de ônibus ou de outro modo? Chegará adiantado ou atrasado conforme o meio de transporte escolhido – mas chegará, de um modo ou de outro. Compreende meu ponto de vista?)